Meteorologia

  • 15 NOVEMBER 2024
Tempo
17º
MIN 13º MÁX 19º

Netanyahu admite que também deve ser responsabilizado por ataque do Hamas

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, admitiu hoje que também deverá ser responsabilizado pelas falhas de segurança que permitiram o ataque do movimento islamita palestiniano Hamas em Israel, em 07 de outubro, mas só depois da guerra.

Netanyahu admite que também deve ser responsabilizado por ataque do Hamas
Notícias ao Minuto

19:51 - 25/10/23 por Lusa

Mundo Israel/Palestina

"Examinaremos detalhadamente até ao fim o que aconteceu, as falhas serão examinadas e todos serão responsabilizados, inclusive eu. Mas tudo isso acontecerá depois da guerra", disse Netanyahu num discurso à nação hoje à noite.

A confiança dos cidadãos israelitas no seu Governo encontra-se no nível mais baixo dos últimos 20 anos, segundo uma sondagem divulgada na segunda-feira.

Depois do início da guerra com o Hamas, desencadeada após o ataque surpresa efetuado a 07 de outubro pelo grupo islamita ao território de Israel, só 20,5% dos israelitas inquiridos afirmam continuar a confiar no Governo de Benjamin Netanyahu para gerir a atual crise.

O diário israelita Yedioth Ahronoth noticiou na segunda-feira que três membros do executivo, cujos nomes não foram indicados, estão a ponderar demitir-se, em resposta à incapacidade do Governo e do sistema de segurança para impedir ataques como o ocorrido a 07 de outubro e lidar com as suas consequências.

No seu discurso de hoje, o primeiro-ministro israelita abordou também a ofensiva terrestre em preparação na Faixa de Gaza.

"Estabelecemos dois objetivos: eliminar o Hamas e fazer todos os possíveis para devolver as pessoas sequestradas a casa. Estamos a preparar-nos para uma entrada por terra. Não especificarei quando ou as razões que serão levadas em conta", afirmou.

Esta declaração surge após vários jornais norte-americanos, incluindo o The Wall Street Journal, terem relatado que Israel concordou em adiar o ataque para que os Estados Unidos pudessem implantar novos sistemas de defesa aérea com vista a proteger as suas tropas destacadas no Médio Oriente.

Segundo fontes citadas pelo WSJ, o Pentágono quer implantar quase uma dúzia de sistemas de defesa aérea na região, inclusive para proteger militares norte-americanos destacados no Iraque, Síria, Kuwait, Jordânia, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos.

As autoridades norte-americanas esperam conseguir instalar essas defesas no terreno até ao final desta semana.

Oficiais norte-americanos consideram extremamente preocupantes as ameaças contra as suas tropas, acreditando que estas serão alvo de vários grupos militantes quando a incursão começar.

Até agora, no Iraque e na Síria, ocorreram pelo menos 13 ataques deste tipo, utilizando 'drones' e mísseis, que resultaram na morte de um empreiteiro norte-americano e na destruição de um 'drone' norte-americano, disseram autoridades dos EUA.

No entanto, outra fonte do Pentágono negou esta versão à rede de televisão Al-Jazeera e sublinhou que não só não teve conhecimento de qualquer pedido relacionado com estas operações, mas também que Washington não determina a hora ou a forma das operações israelitas.

O grupo islamita Hamas lançou em 07 de outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, fazendo duas centenas de reféns.

Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.

O conflito já provocou milhares de mortos e feridos, entre militares e civis, nos dois territórios.

Leia Também: Operação terrestre massiva em Gaza seria "um erro", considera Macron

Recomendados para si

;
Campo obrigatório