EUA dizem que acordo com Israel e Hamas para libertar reféns está próximo
O governo norte-americano afirmou hoje que está próximo um acordo com Israel e o movimento islamita Hamas para suspender os bombardeamentos em Gaza e libertar alguns dos 240 reféns.
© Nathalia Angarita/Bloomberg via Getty Images
Mundo Israel
O conselheiro adjunto para a segurança nacional, Jonathan Finer, disse ao canal NBC News que os Estados Unidos estão "mais perto" do que nunca em fechar um acordo, embora se tenha recusado em especificar o número de reféns libertados, afirmando apenas que seriam "bem mais de 12".
"O que posso dizer nesta altura é que algumas das áreas de desacordo pendentes, negociações muito complicadas e muito sensíveis, foram reduzidas", disse Finer no programa "Meet the Press" da NBC.
No entanto, não forneceu pormenores sobre o acordo, mediado pelo Qatar, que visa a libertação de alguns dos 240 reféns mantidos em cativeiro pelo grupo islamita Hamas na Faixa de Gaza.
"Não vamos resumir todos os pormenores do que ainda está a ser discutido. Acreditamos que [o acordo] tem de ser feito, há pessoas detidas em condições inaceitáveis em Gaza, incluindo alguns americanos, e têm de ser autorizadas a regressar a casa", afirmou.
O conselheiro adjunto para a segurança nacional também não quis entrar em pormenores sobre um possível cessar fogo, mas sublinhou que é necessário para implementar o acordo, caso contrário "implicaria a deslocação de reféns através de um campo de batalha muito perigoso em Gaza".
"Sem entrar na duração, uma das coisas que as próprias partes disseram, mesmo publicamente, é que isto poderia incluir, e provavelmente incluiria, um período alargado de uma pausa nos combates de vários dias", afirmou, sublinhando que esta pausa teria também "o importante benefício de facilitar a distribuição de ajuda humanitária em Gaza".
"Esta é uma prioridade em qualquer circunstância, mesmo que não haja acordo sobre os reféns", sublinhou.
No sábado, a administração norte-americana afirmou continuar a "trabalhar arduamente" para alcançar um acordo entre Israel e o movimento islamita Hamas para libertar os reféns e marcar uma pausa nos combates.
"Ainda não chegámos a um acordo, mas continuamos a trabalhar arduamente" para o conseguir, escreveu, no sábado, a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca Adrienne Watson, na rede social X (antigo Twitter).
A reação da porta-voz surgiu depois de o jornal Washington Post ter noticiado que tinha sido alcançado um acordo entre as partes que previa a libertação de reféns em troca de uma pausa de cinco dias nos combates.
O movimento islamita Hamas lançou, a 07 de outubro, um ataque surpresa contra Israel, com milhares de foguetes e milicianos armados, fazendo mais de 1.200 mortos e 240 reféns.
Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e é classificado como terrorista pela UE e pelos Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo em Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
Os bombardeamentos israelitas por ar, terra e mar causaram entre 16 mil e 12 mil mortos, na maioria civis, na Faixa de Gaza, de acordo com dados do Hamas.
A ONU indicou que mais de dois terços dos 2,4 milhões de habitantes da Faixa de Gaza foram deslocados pela guerra, tendo a maior parte fugido para sul.
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