O ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, está a ser investigado pela Polícia Federal por ter importunado uma baleia durante uma viagem de jet ski, numa visita ao município de São Sebastião, em São Paulo, em junho.
De acordo com a imprensa brasileira, o inquérito está a ser acompanhado pelo Ministério Público Federal e tem por base vídeos e fotografias publicadas nas redes sociais, que mostram o momento em que Bolsonaro se aproxima a cerca de 15 metros da baleia, com a mota de água ligada.
"Considerando que as imagens foram feitas a partir de outra embarcação e é possível identificar que há uma única pessoa na mota náutica, que está pilotando e gravando um vídeo no celular ao mesmo tempo. Atribui-se a identidade desta pessoa, supostamente, ao ex-presidente Jair Messias Bolsonaro", disse a procuradora procuradora Marília Soares Ferreira Iftim.
De acordo com a legislação brasileira, "molestar de forma intencional qualquer espécie de cetáceo" é uma infração administrativa contra o meio ambiente e é proibido uma embarcação "aproximar-se de qualquer espécie de baleia com motor ligado a menos de 100 metros de distância do animal".
Bolsonaro já reagiu à investigação e disse que a "única baleia" que "não gosta" de si é o ministro da Justiça do Brasil, Flávio Dino, sem citar o seu nome.
"Todo dia tem uma maldade em cima de mim. A de ontem foi que estou perseguindo baleias. A única baleia que não gosta de mim na Esplanada é aquela que está no ministério, que diz que eu queria dar golpe, mas some com vídeos", disse num evento do PL Mulher, em Porto Alegre.
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