Exército russo diz ter abatido 26 'drones' sobre a Crimeia

O Exército russo indicou na noite de sexta-feira que abateu 26 'drones' (aeronaves não-tripuladas) ucranianos num período de duas horas sobre a Crimeia anexada, assegurando ter repelido um "ataque terrorista" de Kyiv.

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© REUTERS

Lusa
16/12/2023 07:08 ‧ 16/12/2023 por Lusa

Mundo

Ucrânia/Rússia

"As defesas antiaéreas russas destruíram 26 'drones' sobre a Crimeia", indicou o Ministério da Defesa russo num comunicado divulgado na plataforma digital Telegram, sem mencionar vítimas ou danos materiais.

Segundo o ministério, os aparelhos foram todos abatidos "entre as 20:30 e as 22:30 locais (17:30 e 19:30 de Lisboa)".

A Crimeia é regularmente alvo de ataques navais e aéreos com 'drones', mas o Exército russo poucas vezes afirmou ter destruído tantos de uma só vez.

Ao início da noite de hoje, o Ministério da Defesa russo também indicou ter abatido seis 'drones' ucranianos na região russa de Kursk, que faz fronteira com a Ucrânia.

O ministério russo anunciou no Telegram que tinha neutralizado primeiro dois e depois quatro 'drones', graças às suas defesas antiaéreas.

Os engenhos tinham como alvos "infraestruturas no território russo", indicou, sem fornecer mais pormenores.

O governador da região de Kursk, Roman Starovoït, confirmou que um ataque com 'drones' foi repelido pelas forças russas, apelando no Telegram os habitantes a "manterem-se calmos".

Este tipo de ataque de 'drones' tornou-se quase diário nas regiões russas fronteiriças com a Ucrânia, embora as incursões em grande número, como a de hoje, sejam menos frequentes.

A capital russa, Moscovo, e os seus arredores foram igualmente visados por 'drones' ucranianos nos últimos meses.

Por sua vez, a Rússia bombardeia diariamente cidades ucranianas. Realizou esta semana um ataque maciço com 'drones' ao sul da Ucrânia e atacou Kyiv com mísseis balísticos, ferindo 50 pessoas.

A Rússia lançou a 24 de fevereiro de 2022 uma ofensiva militar na Ucrânia que causou, de acordo com dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e fez nos últimos 21 meses um elevado número de vítimas, não só militares como também civis, impossíveis de contabilizar enquanto o conflito decorrer.

A invasão -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

Leia Também: UE "sai vencedora" após 'luz verde' às negociações de adesão com Ucrânia

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