Esta intenção foi declarada pelo porta-voz do Conselho de Segurança da Casa Branca, John Kirby, depois de o secretário da Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, ter agendado uma reunião com países do Médio Oriente para abordar os ataques do movimento Huti.
O governo norte-americano, disse Kirby em conferência de imprensa, está a trabalhar para "fortalecer e avançar" a coligação, composta por 39 países, incluindo os Estados Unidos, o Egito, a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos e também Portugal.
A administração do Presidente norte-americano, Joe Biden, quer ativar esta força "de uma forma que nunca foi usada antes", acrescentou o porta-voz.
As CMF, comandadas pelo almirante da Marinha dos Estados Unidos Brad Cooper, são compostas por vários grupos de trabalho e um deles é especificamente dedicado à segurança no Mar Vermelho.
Os 39 estados-membros procuram proteger o fluxo comercial e melhorar a segurança marítima nas regiões onde estão presentes.
Cada nação pode decidir como contribuir e não existe um mandato político ou militar vinculativo.
O secretário de Defesa dos Estados Unidos, que se encontra hoje de visita a Israel, convocou para terça-feira uma reunião com ministros da região e de outros países para tratar da situação no Mar Vermelho.
Na semana passada, o Presidente israelita, Isaac Herzog, apelou para a constituição de "uma coligação verdadeiramente internacional" para combater os rebeldes Hutis do Iémen, e para que as ações lideradas pelos Estados Unidos sejam "impulsionadas e fortalecidas".
O movimento rebelde Huti pertence ao chamado "eixo de resistência", juntamente com o Irão, a Síria e os grupos xiita libanês Hezbollah e o palestiniano Hamas
Após a eclosão da guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, os Hutis lançaram vários disparos de mísseis e 'drones' contra o sul de Israel e também contra navios que arvoram a bandeira israelita ou que sejam propriedade de empresas israelitas no Mar Vermelho e no Estreito de Bab al-Mandeb.
Desde sexta-feira, os principais grupos de transporte marítimo estão a suspender as suas operações no Mar Vermelho, incluindo a Maersk e a Hapag-Lloyd, e hoje a petrolífera BP juntou-se a eles, cancelando temporariamente a passagem dos seus navios pela região.
O navio-tanque Swan Atlantic foi atacado hoje quando navegava no Mar Vermelho, segundo a empresa proprietária, a norueguesa Inventor Chemical Tankers, depois de a Marinha britânica ter alertado sobre novos incidentes perto do estreito.
A Associação Norueguesa de Navegação instou as autoridades norueguesas e internacionais a encontrarem uma solução para garantir a segurança dos navios civis no Mar Vermelho.
Após um ataque sem precedentes do Hamas que causou 1.200 mortes e cerca de 240 sequestros em território israelita em 07 de outubro, o Exército de Telavive conduziu uma poderosa ofensiva aérea, terrestre e marítima na Faixa de Gaza.
A operação militar já deixou mais de 19 mil mortos e acima de 51 mil feridos, a maioria dos quais mulheres, crianças e idosos, segundo números das autoridades locais, controladas pelo grupo islamita palestiniano, bem como 1,9 milhões de deslocados, 85% da população total do enclave, de acordo com a ONU.
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