A antiga jornalista Yekaterina Duntsova foi impedida de concorrer às presidenciais na Rússia, em março de 2024, contra o presidente Vladimir Putin devido à existência de “erros” no seu pedido de registo como candidata.
De acordo com a Reuters, a medida foi conhecida três dias depois de Duntsova, de 40 anos, ter solicitado o seu registo como candidata. Com a candidatura, a ex-jornalista tinha como objetivo terminar com a guerra com a Ucrânia e libertar prisioneiros políticos.
"É uma jovem, tem uma vida pela frente", afirmou, por sua vez, a presidente da comissão eleitoral, Ella Pamfilova, dirigindo-se a Duntsova, de 40 anos.
Foi divulgado, num canal de notícias russo, um vídeo de uma reunião da comissão eleitoral na qual os membros votaram por unanimidade para que a candidatura de Yekaterina não avançasse.
Segundo Ella Pamfilova, 29 pessoas apresentaram o processo de candidatura às eleições presidenciais, marcadas para 17 de março de 2024 e nas quais Vladimir Putin, com vitória praticamente garantida, concorre a um novo mandato de seis anos.
Acredita-se que os críticos de Putin vão aproveitar o facto de a campanha de Duntsova não ter sido autorizada para provar que ninguém da oposição com opiniões genuínas será autorizado a opor-se a Putin. O Kremlin afirma que Putin vencerá as próximas eleições na Rússia, com sondagens que apontam para uma percentagem de cerca de 80%, porque tem o apoio genuíno de toda a sociedade.
O regime na Rússia excluiu há vários anos qualquer oposição na vida política, com uma repressão que se acelerou desde que o país invadiu a Ucrânia, em fevereiro de 2022.
[Notícia atualizada às 12h05]
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