"Estou muito perturbado com as declarações feitas por altos funcionários israelitas sobre os planos de transferência de civis da Faixa de Gaza para países terceiros. O direito internacional proíbe a transferência forçada de pessoas protegidas dentro de um território ocupado ou a sua expulsão desse território", afirmou.
Numa declaração publicada na rede social X, Türk realçou que "85% dos habitantes de Gaza" já estão internamente deslocados, frisando que "todos eles têm o direito de regressar a casa".
Segunda-feira, o ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben Gvir, apelou ao regresso dos colonos judeus a Gaza, após a guerra desencadeada pelo ataque sem precedentes do Hamas em solo israelita, a 07 de outubro.
Defendeu ainda "uma solução que encoraje a emigração dos habitantes de Gaza é necessário. É uma solução correta, justa, moral e humana", disse Ben Gvir numa reunião do partido, de acordo com comentários que ele próprio partilhou nas redes sociais.
Outro representante da extrema-direita no governo de Benjamin Netanyahu, o ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, também defendeu no domingo o regresso dos colonos judeus a Gaza e a emigração da população palestiniana.
Em 2005, Israel retirou o seu exército e cerca de 8.000 colonos da Faixa de Gaza, ocupada desde 1967, no âmbito do plano de retirada unilateral promovido pelo então primeiro-ministro Ariel Sharon.
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