O Serviço de Gastrenterologia do Hospital Garcia de Orta, da recém-criada Unidade Local de Saúde Almada-Seixal (ULSAS), realizou dois "procedimentos clínicos inovadores" ao nível da vesícula.
Segundo uma nota publicada no site do Serviço Nacional de Saúde (SNS) os dois procedimentos em questão são colecistoduodenostomia e gastroenterostomia guiadas por ecoendoscopia, que os responsáveis explicam ser indicados para o tratamento de colecistite aguda e de neoplasia duodenal.
Na mesma nota, o SNS dá conta de "a colecistoduodenostomia consiste numa intervenção cirúrgica em que se sutura a vesícula biliar ao duodeno e a gastroenterostomia é o procedimento cirúrgico que consiste na criação de uma abertura entre o estômago e o intestino delgado, permitindo a passagem de alimentos e líquidos".
A ULSAS aponta ainda que a realização destes procedimentos com recurso a endoscopia os torna "minimamente invasivos", reduzindo assim o tempo de internamento para metade. Para além disso, têm também um "menor risco de complicações e implicam menores custos, face aos procedimentos convencionais".
"A partir de agora, e graças à diferenciação da equipa bilio-pancreática e de ecoendoscopia de intervenção da ULSAS, prevê-se o aumento de referenciação, quer interna quer externa, para a realização destes procedimentos clínicos não invasivos em doentes que não podem realizar a cirurgia convencional, quer por terem elevado risco cirúrgico para cirurgia à vesícula, quer por terem obstrução biliar com falência de outras técnicas, ou em doentes com obstrução maligna do tubo digestivo alto sem indicação cirúrgica", explica a unidade local de saúde.
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