O acordo foi assinado hoje em Brasília, no Palácio Itamaraty, pelo ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, e o homólogo chinês, Wang Yi, que se encontra em visita oficial ao Brasil desde quinta-feira.
Este acordo, detalharam as autoridades brasileiras, permitirá que as autoridades consulares dos dois países concedam vistos até 10 anos de validade, dobrando o atual prazo máximo de concessão.
"A iniciativa facilitará as viagens, incentivará a promoção de negócios e impulsionará o turismo entre os países", sublinhou o Governo brasileiro.
Na reunião de hoje, o lado brasileiro reforçou "o princípio de uma só China" e foram discutidos temas como a guerra na Ucrânia e o conflito israelo-palestiniano, para além de temas multilaterais e regionais, a presidência brasileira do G20 e temas ligados à reforma da governança global e a cooperação bilateral em comércio, investimentos e ciência, tecnologia e inovação.
A China é, desde 2009, o maior parceiro comercial do Brasil e uma das principais origens de investimentos em território brasileiro.
Em 2023, o comércio bilateral com a China atingiu um recorde de 157,5 mil milhões de dólares (145 mil milhões de euros), com exportações brasileiras de 104,3 mil milhões de dólares (96 mil milhões de euros) e importações de 53,2 mil milhões de dólares (49 mil milhões de euros), o que resultou num excedente brasileiro de 51,1 mil milhões de dólares (47 mil milhões de euros).
No ano passado, as transações com a China foram responsáveis por cerca de 52% do excedente comercial total brasileiro.
O Brasil e a China estabeleceram uma Parceria Estratégica em 1993, elevada a Parceria Estratégica Global em 2012.
Leia Também: Brasil reforça "princípio de uma só China" após eleições em Taiwan