A greve deverá começar na quarta-feira às 02:00 (01:00 em Lisboa), no transporte de passageiros, enquanto no transporte de mercadorias a suspensão terá início às 18:00 de terça-feira (17:00 em Lisboa).
Esta greve, que deverá terminar na próxima segunda-feira às 18:00 (17:00 em Lisboa), será também a mais longa das quatro convocadas pelo GDL desde meados de novembro, altura em que os comboios alemães pararam de circular durante 20 horas.
Num comunicado, o sindicato acusou a DB de "prosseguir incansavelmente a sua política de recusa e confronto".
Já a empresa ferroviária pública acusou o GDL de "agir de forma absolutamente irresponsável" de usar nova greve não como um último recurso, mas sim como forma de promoção do sindicato.
O sindicato exige um aumento geral dos salários em 555 euros e uma redução da semana de trabalho para 35 horas, um prémio de compensação da inflação isento de impostos de três mil euros para os trabalhadores a tempo parcial e a tempo inteiro e de 1.500 euros para os aprendizes.
O GDL, que representa cerca de 10 mil trabalhadores, reivindica ainda um aumento de 5% da contribuição patronal para o plano de pensões da empresa e um aumento do prémio de trabalho por turnos para 25%, tudo a ser implementado no prazo de 12 meses.
Durante a última greve, que começou a 09 de janeiro e durou três dias, a DB admitiu "enormes perturbações" no tráfego ferroviário em toda a Alemanha.
O porta-voz da DB, Achim Stauß, especificou que, no tráfego de longa distância, circularam cerca de 20% dos comboios e que também nas ligações regionais houve " restrições maciças".
Em dezembro, a empresa revelou que tinha feito uma oferta de aumento salarial de 4,8% a partir de agosto e um aumento adicional de 5,0% a partir de abril de 2025, assim como um "bónus compensatório para fazer face à inflação" de até 2.850 euros.
Além disso, a DB ofereceu a possibilidade de redução da jornada de trabalho, a partir de 01 de janeiro de 2026, de 38 para 37 horas, ou um aumento salarial adicional de 2,7%.
No ano passado, a empresa esteve também em colisão com o sindicato EVG, que representa cerca de 180 mil trabalhadores de outras profissões do setor ferroviário. Um acordo foi alcançado no final de agosto.
Durante o último ano, a Alemanha tem enfrentado um aumento dos conflitos sociais em diferentes setores profissionais, num contexto de aumentos de preços que estão a reduzir o poder de compra dos trabalhadores.
Estas exigências também enfraquecem o governo de coligação liderado pelo social-democrata Olaf Scholz, cuja popularidade caiu para níveis mínimos históricos.
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