China diz que vai melhorar políticas para aumentar taxas de natalidade

O primeiro-ministro chinês anunciou hoje "uma melhoria" das políticas destinadas a aumentar a taxa de natalidade, depois de o país ter registado uma queda da população durante dois anos consecutivos.

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Lusa
05/03/2024 07:56 ‧ 05/03/2024 por Lusa

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China

Na abertura da sessão anual da Assembleia Popular Nacional (órgão legislativo), Li Qiang afirmou que o Governo vai "otimizar as políticas de licença parental" e "melhorar os mecanismos" para partilhar o custo da licença parental com as empresas.

"Vamos aumentar a oferta de serviços de cuidados infantis através de múltiplos canais", disse Li, acrescentando que estes ajustamentos vão "reduzir os custos do parto e da educação dos filhos", numa altura em que os elevados custos com a educação são um dos principais obstáculos invocados pelos casais chineses para terem filhos.

O primeiro-ministro disse também que o Governo vai "reforçar os serviços de cuidados para idosos nas zonas rurais", ao mesmo tempo que vai avançar com mais serviços para os cidadãos seniores.

Li apelou para "um impulso" no desenvolvimento da economia centrada nas pessoas com mais de 65 anos.

Em 2035, haverá mais de 400 milhões de pessoas com mais de 60 anos na China, o que representará mais de 30% da população chinesa.

A China registou um declínio da população em 2022 e 2023, as primeiras contrações desde 1961, quando o número de habitantes diminuiu, na sequência do fracasso da política de industrialização do Grande Salto em Frente e da fome que se lhe seguiu.

A queda e o envelhecimento da população estão a preocupar Pequim, na medida que privam o país de pessoas em idade ativa necessárias para manter o ímpeto económico. A crise demográfica, que chegou mais cedo do que o esperado, está já a afetar o sistema de saúde e de pensões, de acordo com observadores.

Em 2022, durante o 20.º Congresso do Partido Comunista Chinês, o partido no poder sublinhou que o país precisa de um sistema que "aumente as taxas de natalidade e reduza os custos da gravidez, do parto, da escolaridade e da parentalidade".

Leia Também: China aumenta orçamento da Defesa em 7,2% este ano

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