A Hungria foi o último país a concluir o processo de adesão da Suécia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), que foi adiado vários dias à última hora porque a aprovação parlamentar foi acompanhada de uma mudança de chefe de Estado, na sequência da demissão da atual presidente, Katalin Novak.
A assinatura rubricada hoje, confirmada pela própria Presidência, é o passo prévio ao depósito do texto no Departamento de Estado norte-americano, em Washington, num ato simbólico que será presidido pelo ministro dos Negócios Estrangeiros sueco, Tobias Billstrom.
A adesão formal não é esperada antes de sexta-feira, e mesmo esse prazo é muito difícil de cumprir, pelo que tudo aponta que a entrega do protocolo e a correspondente cerimónia na NATO tenham lugar na semana seguinte, quase em meados de março, confirmaram à Europa Press várias fontes das Aliança Atlântica.
Assim que o processo terminar, a Suécia torna-se oficialmente o 32.º membro da NATO.
O parlamento húngaro ratificou a adesão sueca a 27 de fevereiro.
Após a recente aprovação da Turquia, no final de janeiro, só faltava a Hungria dar o seu parecer oficial à adesão da Suécia, que foi aprovada no Parlamento com 188 votos a favor e seis contra.
Tanto a Finlândia como a Suécia solicitaram conjuntamente a adesão à Aliança no seguimento da invasão da Ucrânia pela Rússia, em fevereiro de 2022.
A Finlândia tornou-se membro de pleno direito da NATO a 04 de abril do ano passado - o que mais do que duplicou a fronteira da Aliança com a Rússia -, mas a Turquia e a Hungria mantiveram o seu veto em relação à Suécia.
Ancara, que tinha acordado compromissos de segurança com Helsínquia e Estocolmo, ainda tinha dúvidas sobre o envolvimento sueco na luta contra o terrorismo curdo.
Agora que se chegou a um consenso entre todos os países para que a Suécia se torne membro de pleno direito da Aliança e beneficie de defesa coletiva em caso de ataque, há ainda algumas etapas administrativas a cumprir.
Como final simbólico, a bandeira da Suécia será hasteada numa cerimónia na sede da NATO, em Bruxelas, juntamente com as dos outros 31 aliados.
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