O Departamento de Justiça dos Estados Unidos da América abriu uma investigação criminal à Boeing depois de um dos seus aviões, o 737 Max 9, ter sido obrigado a aterrar de emergência devido à queda de uma janela e de parte da fuselagem.
Segundo avança o Wall Street Journal, os agentes federais já contactaram recentemente passageiros, pilotos e tripulação.
"Num acontecimento como este, é normal o Departamento de Justiça (DoJ) conduzir uma investigação. Estamos a cooperar totalmente e não acreditamos que somos alvo da investigação", afirmou ao Wall Street Journal fonte oficial da Alaska Airlines.
O relatório preliminar da agência norte-americana responsável pela segurança dos transportes (NTSB, na sigla em inglês) concluiu que faltavam quatro parafusos no painel do Boeing 737 Max 9 da Alaska Airlines que teve problemas em 05 de janeiro, quando parte da fuselagem se soltou durante o voo com 117 pessoas a bordo.
O incidente, que não provocou vítimas, forçou uma aterragem de emergência em Portland (Oregon, EUA) logo após a descolagem, segundo relatório preliminar.
Devido ao incidente com o avião da Alaska Airlines, a Administração Federal da Aviação dos Estados Unidos (FAA, na sigla em inglês) determinou em 06 de janeiro a imobilização de todos os Boeing 737, que vinte dias depois foram progressivamente libertados da 'quarentena' e regressaram ao ar.
A FAA já se tinha comprometido há cinco anos a aumentar a supervisão sobre a Boeing após os dois acidentes mortais em 2018 e 2019, nos quais também estiveram envolvidos aviões 737 Max, e que deram origem à maior crise da história da empresa.
A fabricante aeronáutica acumula cinco anos de prejuízos, primeiro devido à crise do 737 Max e depois devido à situação económica derivada da pandemia de covid-19.
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