O porta-voz da polícia, Kasim Roble, confirmou hoje que, além dos atacantes, três militares morreram e 27 pessoas ficaram feridas no ataque de quinta-feira à noite ao SYL Hotel em Mogadíscio, situado perto do Villa Somalia, um complexo fortificado que alberga a Presidência somali e o gabinete do primeiro-ministro.
Entre os feridos encontram-se três deputados e o porta-voz do Governo, já que o hotel é habitualmente frequentado por políticos às quintas-feiras à noite.
O ataque durou cerca de 13 horas, tendo-se iniciado às 21:45 de quinta-feira, horário local (18:45 em Lisboa), após um comando armado invadir o local.
"A situação está agora calma, o hotel está seguro e os deputados e outros residentes do hotel começaram a regressar, e a situação de segurança voltou ao normal", disse Roble.
O grupo extremista somali al-Shabaab reivindicou o ataque através da plataforma Telegram, onde confirmou que os seus membros conseguiram penetrar no hotel.
O Presidente da Somália, Hassan Sheikh Mohamud, declarou "guerra total" aos extremistas, que controlam grande parte do centro e do sul do país e que têm sido alvo de inúmeros ataques aéreos dos Estados Unidos da América (EUA) nos últimos anos.
O Governo da Somália está a conduzir uma ofensiva contra o grupo extremista, que os Estados Unidos descreveram como uma das organizações mais mortíferas da Al-Qaeda.
A Al-Shabaab, que se opõe ao Governo central da Somália, tem sido responsável por muitos ataques mortais a hotéis e a outros locais, tendo também uma forte presença em zonas rurais, e executa frequentemente ataques contra alvos políticos e civis, inclusive na capital.
Os ataques na capital tinham diminuído nas últimas semanas devido ao reforço da segurança.
O último grande ataque em Mogadíscio foi em outubro de 2022, quando pelo menos 120 civis foram mortos em dois atentados com carros armadilhados num cruzamento movimentado.
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