O juiz que supervisiona o julgamento criminal de Donald Trump em Manhattan concordou em adiar o início do julgamento de Donald Trump, para, pelo menos, até meados de abril. Em causa estão 34 crimes relacionados com pagamentos irregulares à atriz pornográfica Stormy Daniels, em 2016.
Quer a procuradoria de Manhattan, responsável pelo caso, quer a defesa de Trump, tinham sido a favor do adiamento do julgamento, inicialmente previsto para 25 de março, dada a grande quantidade de documentos fornecidos pelas autoridades federais nos últimos dias.
O anúncio segue-se a uma disputa controversa entre o Ministério Público de Manhattan e a equipa jurídica de Trump sobre a produção de dezenas de milhares de documentos entregues este mês pelo Departamento de Justiça.
O processo de Manhattan contra Trump deverá ser o primeiro a ser julgado, e poderá ser o único antes do dia das eleições. Um processo criminal em Washington, onde é acusado de conspirar para anular os resultados das eleições de 2020, deveria inicialmente ir a julgamento este mês, mas foi adiado enquanto ex-presidente norte-americano recorre para o Supremo Tribunal.
O atraso no processo de Manhattan irá, provavelmente, agradar ao antigo presidente, cuja estratégia central para combater todos os seus envolvimentos legais é empatar o mais possível. Se Trump for eleito para um segundo mandato em novembro, os processos criminais contra ele ficarão suspensos até sair do cargo.
Que caso é este? E outros?
A procuradoria de Manhattan acusou o ex-presidente de 34 crimes relacionados com os 130 mil dólares que pagou à atriz pornográfica Stormy Daniels durante a campanha presidencial de 2016, para esconder um alegado caso extraconjugal, pagamentos que Trump escondeu com a colaboração do então advogado na altura, Michael Cohen.
Além do processo em Nova Iorque, Trump enfrenta um processo em Washington por tentativa de anulação ilegal dos resultados das eleições de 2020.
Está também marcado para 20 de maio o julgamento na Florida, no qual Trump é acusado de ter armazenado ilegalmente material confidencial na sua mansão em Mar-a-Lago.
Há também o caso em que a Procuradoria do Condado de Fulton (Geórgia) acusa Trump de tentar subverter os resultados eleitorais de 2020 naquele Estado.
[Notícia atualizada às 9h28 de 16 de março]
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