Chefe do exército francês admite apoio a Kyiv além de envio de armas
O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas da França, general Thierry Burkhard, admitiu hoje que o apoio europeu à Ucrânia vá além do fornecimento de armas, contrariando expetativas da Rússia de que os ocidentais "nunca entrarão" em solo ucraniano.
© Lusa
Mundo Guerra na Ucrânia
Dado o impacto da guerra na Ucrânia, "os europeus devem ser capazes de correr riscos para garantir a segurança da Europa na próxima década", afirmou Burkhard.
O general defendeu que a guerra terminará quando a Rússia parar de atacar e que o Presidente russo, Vladimir Putin, "construiu a sua operação com a ideia de que o Ocidente nunca entraria na Ucrânia, mas simplesmente forneceria armas".
"Temos que mostrar-lhe [Vladimir Putin] que não será capaz de usar essa lógica para ir até ao fim, porque essa ideia não está certa", disse Burkhard, enquanto encorajou a Europa a estar preparada para correr riscos.
Burkhard reuniu-se na quinta-feira em Paris com o chefe das forças armadas da Suécia, novo membro da NATO, general Micael Byden, único aliado na União Europeia disposto a enviar tropas para a Ucrânia e com o qual a França tem realizado regularmente exercícios militares conjuntos.
As afirmações do general Thierry Burkhard surgem poucos dias após as afirmações do Presidente francês, Emmanuel Macron, sobre a possibilidade de enviar tropas ocidentais para lutar na Ucrânia no futuro, que provocaram polémia em toda a Europa.
O chefe do Estado-Maior, Pierre Schill garantiu na terça-feira que o exército francês "está pronto" e com capacidade para compromissos "mais difíceis".
Em caso de uma escalada no conflito na Ucrânia, a França pode também contar com o apoio da NATO, que garante que qualquer ataque contra um país membro deve desencadear uma resposta coletiva da organização.
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