"Os limites da distribuição de ajuda em Gaza são impostos por quem continua a bombardeá-la. Necessitamos que Israel levante todos os impedimentos à entrada de ajuda. Necessitamos de um cessar-fogo agora", indicou o representante, numa mensagem publicada na rede social X.
Griffiths insistiu que estes limites "são impostos por quem bloqueia os movimentos dos 'comboios' destinados a alimentar dezenas de milhares de pessoas famintas" no enclave palestiniano, controlado pelo Hamas desde 2007.
"São impostos por quem continua a negar a entrada, desde a primeira quinzena de março, a uma de cada cinco missões humanitárias ao norte de Gaza, e por quem se nega a abrir os pontos de entrada dirigidos a norte, onde centenas de milhares de pessoas estão em perigo iminente de fome generalizada", acrescentou.
O Exército de Israel iniciou uma ofensiva generalizada sobre a Faixa de Gaza na sequência dos ataques do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) em 07 de outubro de 2023 contra alvos militares, policiais e civis israelitas perto do enclave palestiniano.
A inédita operação militar do Hamas causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.
Desde então, Israel tem em curso uma ofensiva na Faixa de Gaza que provocou cerca de 32.000 mortos, de acordo com o Ministério da Saúde controlado pelo Hamas.
A ofensiva israelita também tem destruído a maioria das infraestruturas de Gaza e perto de dois milhões de pessoas foram forçadas a abandonar as suas casas, a quase totalidade dos 2,3 milhões de habitantes do enclave.
A população da Faixa de Gaza confronta-se com uma crise humanitária sem precedentes devido ao colapso dos hospitais, ao surto de epidemias e escassez de água potável, alimentos, medicamentos e eletricidade.
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