"Os meus direitos como cidadã venezuelana estão a ser violados ao não me permitirem entrar no sistema e inscrever a minha candidatura à Presidência da República. Represento uma unidade política do país que creio não ter sido vista há muito tempo", disse durante uma conferência de imprensa em Caracas.
Escolhida pela oposição para substituir Maria Corina Machado, que em outubro de 2023 ganhou as eleições primárias, Corina Yoris insistiu que é a candidata da opositora Plataforma Unitária Democrática (PUD) e de "uma grande parte da população" venezuelana que quer uma mudança política no país.
"Não é o nome de Corina Yoris que está a ser recusado, é o nome de qualquer cidadão que se queira candidatar neste momento", criticou.
A opositora explicou que esgotou todos os meios ao seu alcance para tentar resolver esta situação e que tem tentado apresentar as suas reclamações na sede do CNE, mas acusou aquele organismo de estar "tomado por militares que não permitem o acesso".
Corina Yoris acusou também o Presidente Nicolás Maduro, de desrespeitar a Constituição da Venezuela.
Termina hoje na Venezuela o prazo de apresentação de candidaturas para as presidenciais de 28 de julho, nas quais Nicolás Maduro será candidato a um terceiro mandato de seis anos.
A candidatura de Nicolás Maduro será oficializada ainda hoje pelo Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV, o partido do Governo).
Corina Yoris foi designada como substituta de María Corina Machado para concorrer contra Nicolás Maduro.
María Corina Machado, favorita nas sondagens, foi indicada como candidata da aliança opositora Plataforma Unitária Democrática (PUD) depois de vencer as eleições primárias em outubro, mas foi privada do seu direito de ocupar cargos públicos durante 15 anos e na sexta-feira nomeou como substituta Corina Yoris, filósofa e professora universitária, de 80 anos.
Leia Também: Venezuela prepara lei contra o fascismo