De acordo com a agência de notícias EFE, o ataque ao símbolo do poder político do Haiti foi realizado pela aliança de grupos armados 'Vivre Ensemble' (Viver Juntos), liderada pelo antigo agente policial Jimmy Chérizier, também conhecido como Barbecue.
A Polícia Nacional do Haiti e as unidades encarregadas da segurança do Palácio repeliram o ataque em Champs de Mars, na principal praça de Porto Príncipe, com pessoas a fugir em todas as direções para escapar ao tiroteio.
Os grupos armados também incendiaram um veículo blindado da polícia que se tinha avariado junto ao Palácio.
Depois do ataque, as autoridades prolongaram até quarta-feira o recolher obrigatório no departamento de Oeste, que inclui a capital haitiana.
A região está também sob estado de emergência desde 06 de março, devido à violência causada pelos grupos armados que controlam quase por completo Porto Príncipe.
Também na segunda-feira, o Governo do primeiro-ministro haitiano, Ariel Henry, comprometeu-se a trabalhar para uma transferência pacífica de responsabilidades para o novo Conselho Presidencial de Transição.
Henry, que está no estrangeiro há quase um mês, garantiu que vai pedir à Comunidade das Caraíbas (Caricom) o envio do acordo que estabelece a criação do Conselho Presidencial de Transição, de acordo com um comunicado do Conselho de Ministros haitiano.
Jimmy Chérizier, líder do grupo armado G9 e alvo de sanções impostas pelo Conselho de Segurança da ONU, ameaçou não reconhecer o Conselho Presidencial e lançar uma guerra civil em caso de destacamento de uma força internacional no país.
A Missão Multinacional de Apoio à Segurança no Haiti, autorizada pelo Conselho de Segurança da ONU, vai ser liderada pelo Quénia.
No domingo, o Ministério da Defesa do Canadá anunciou o envio de 70 soldados para a Jamaica para treinar a força multinacional que será destacada para o Haiti, com o objetivo de conter a crise de segurança que o país enfrenta.
O Haiti não tem eleições desde 2016 e está sem Presidente e sem parlamento.
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