Zelensky disse nas redes sociais que as forças russas mataram um civil e três socorristas que tinham acabado de chegar ao local de um primeiro ataque, realizado durante a noite.
Além de Kharkiv, as autoridades ucranianas disseram que duas pessoas morreram hoje em Sumy (leste) durante ataques noturnos das forças russas.
Desde o início da guerra, em fevereiro de 2022, os ucranianos têm acusado as forças russas de atacar duas vezes o mesmo local para visar as equipas dos bombeiros.
Citando o governador da região de Kharkiv, Oleh Syniehubov, o jornal Kyiv Independent noticiou que o primeiro ataque ocorreu cerca da uma da manhã (hora local, 23:00 de quarta-feira em Lisboa).
O ataque, com 'drones', danificou várias casas e um edifício de 14 pisos, provocando ferimentos num homem de 33 anos e numa mulher de 71.
Cerca de 55 minutos depois, dois outros 'drones' atingiram o local, causando a morte de três elementos dos serviços de emergência que tinham sido chamados após o primeiro ataque.
Os três socorristas, todos homens, tinham 32, 41 e 52 anos, segundo o ministro do Interior, Igor Klimenko, citado pela AFP.
Além dos bombeiros, morreu uma mulher de 69 anos e 12 pessoas ficaram feridas, incluindo um elemento dos serviços de emergência.
O jornal, que publica fotografias de uma viatura dos bombeiros destruída e de um edifício de vários pisos danificado, acrescenta que os ataques danificaram três prédios, três carros dos serviços de emergência, um hospital e duas ambulâncias.
Zelensky disse na quarta-feira que o exército russo lançou mais de 4.000 projéteis de diferentes tipos em território ucraniano durante o mês de março, para reforçar o insistente pedido aos aliados ocidentais de sistemas de defesa aérea.
O chefe da diplomacia ucraniana, Dmytro Kuleba, insistiu hoje em Bruxelas, nos 75 anos da NATO, na necessidade de os aliados fornecerem sistemas de defesa aérea Patriot à Ucrânia, segundo a agência espanhola EFE.
"Não quero estragar a festa do aniversário, mas a minha principal mensagem hoje será: Patriots", afirmou, ao lado do secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg.
"Salvar vidas ucranianas, salvar a economia ucraniana, salvar cidades ucranianas, depende da capacidade dos Patriots e de outros sistemas de defesa aérea", afirmou Kuleba.
Desde o início da guerra, desencadeada pela invasão russa de 24 de fevereiro de 2022, a Ucrânia tem recebido armamento dos aliados ocidentais, mas também tem criticado a lentidão e as hesitações de vários países nessa ajuda.
As forças ucranianas têm enfrentado nas últimas semanas uma nova ofensiva russa, depois de terem lançado uma contraofensiva no verão passado, com resultados modestos.
Desconhece-se o número de baixas na guerra em curso na Ucrânia, mas diversas fontes, incluindo a ONU, têm admitido que será elevado.
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