"Os Estados Unidos estão a recorrer a métodos cada vez mais desesperados nas suas tentativas de mudar a maré do teatro de operações ucraniano, reabastecendo as fileiras de combatentes desmoralizados das Forças Armadas ucranianas com uma multidão multinacional com uma propensão para a violência armada", afirmou o organismo russo, citado pela agência estatal russa TASS.
De acordo com as autoridades russas, estas empresas mercenárias, "sob a direção" da Administração para o Controlo de Drogas (DEA, agência federal norte-americana responsável pelo combate ao tráfico e distribuição ilícita de drogas) e da polícia federal norte-americana (FBI), estão a "recrutar elementos de cartéis de droga mexicanos e colombianos" nas prisões norte-americanas.
Os serviços secretos russos referem que se os traficantes de drogas aceitarem esta proposta, designada como "viagem de negócios", em troca são recompensados com uma amnistia total.
As previsões das autoridades russas indicam que "o primeiro grupo de bandidos", na expressão das autoridades russas, composto por mexicanos e colombianos, viajará para a frente ucraniana de guerra contra a Rússia no próximo verão.
"Se o projeto-piloto para reabastecer as fileiras das Forças Armadas da Ucrânia tiver sucesso com os criminosos latino-americanos, então o programa de recrutamento de criminosos continuará e até se expandirá às custas de presos de outros países que têm uma situação criminal difícil", acrescentou o SVR.
As autoridades russas indicam ainda que, com este alegado plano, os Estados Unidos da América (EUA) "admitem a sua impotência" e demonstram "a inconsistência do regime de Kiev que alimentam".
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país.
Os aliados de Kyiv também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.
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