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Aborto? Famílias Católicas europeias criticam votação de eurodeputados

A Federação das Associações das Famílias Católicas na Europa (FAFCE, em inglês) criticou hoje a decisão dos eurodeputados de pedir a inclusão do direito ao aborto na Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia (UE), qualificando de "posição política cínica".

Aborto? Famílias Católicas europeias criticam votação de eurodeputados
Notícias ao Minuto

15:29 - 11/04/24 por Lusa

Mundo Aborto

"Esta votação não é mais do que uma posição política cínica antes das eleições europeias [de junho]. A questão do aborto não é da competência do Parlamento Europeu", considerou o presidente da FAFCE, Vincenzo Bassi, prevendo que a votação de hoje apenas serviu para "agitar o apoio ideológico durante uma campanha eleitoral".

Citado em comunicado da entidade, Bassi argumentou que as "instituições a nível da UE estão vinculadas ao princípio da subsidiariedade, que protege os Estados-membros de legislarem no âmbito das suas jurisdições", pelo que a votação dos eurodeputados "não terá qualquer efeito material".

A resolução foi aprovada com 336 votos a favor, 163 contra e 39 abstenções e no documento os eurodeputados pedem que seja consagrado o direito ao aborto na Carta de Direitos Fundamentais da UE, uma exigência que é feita há muito tempo, mas a recomendação tem de ser aprovada por unanimidade no Conselho da UE e não deverá passar, pelo que a inclusão efetiva poderá não ser mais do que uma intenção.

A FAFCE notou que a regulamentação do aborto é da competência dos Estados-membros, sublinhando, assim, que o Parlamento Europeu fez um "apelo político sem qualquer impacto jurídico".

"Além disso, o direito à objeção de consciência é um direito fundamental consagrado na Carta da UE, que deve ser protegido no contexto do aborto", acrescentou a federação para quem "continua a ser verdade que o aborto não é um direito fundamental - não existe tal coisa como um direito a tirar uma vida".

O Parlamento Europeu aprovou hoje a decisão histórica de pedir a inclusão de todos os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres, incluindo o direito ao aborto, na Carta dos Direitos Fundamentais da UE.

Leia Também: Histórico! PE pede inclusão de aborto nos direitos fundamentais da UE

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