Refém israelita diz que foi pedida em casamento por membro do Hamas

Noga Weiss, de 18 anos, foi entretanto libertada. Durante o sequestro, foi forçada a andar de mãos dadas com o terrorista que se apaixonou por ela e obrigada e usar véu islâmico. Agora, pretende alistar-se no exército de Israel.

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Notícias ao Minuto
06/05/2024 11:11 ‧ 06/05/2024 por Notícias ao Minuto

Mundo

Israel/Palestina

Uma jovem de 18 anos feita refém pelo Hamas no dia 7 de outubro de 2023 e libertada a 25 de novembro garantiu, em entrevista ao canal de televisão Keshet 12 News, exibida na semana passada, que um dos sequestradores apaixonou-se por ela e até a pediu em casamento.

Noga Weiss e a mãe, Shiri, estavam entre o grupo de 240 pessoas transportadas para Gaza no dia 7 de outubro, após o grupo terrorista invadir Israel e atacar um festival de música.

Duas semanas depois do rapto, um dos terroristas disse que estava apaixonado por ela e deu-lhe um anel de compromisso, que a jovem usou do "14.º dia até ao 50.º" de cativeiro, altura em que foi libertada.

"Todos serão libertados, mas tu vais ficar em Gaza e ter os meus filhos", terá dito o terrorista à jovem, assustando-a.

Até então, Noga achava que a mãe estava morta, mas o terrorista apaixonado trouxe Shiri até à filha para lhe pedir a mão em casamento.

"Ele perguntou à minha mãe: 'Autoriza?' Ela deu uma gargalhada falsa. Estávamos com medo que eles nos matassem. Ela foi gentil no início, mas depois começou a gritar até que ele entendeu a mensagem. A sensação de medo nunca me abandonou. 24 horas por dia, sete dias por semana, achava que eles iam-se cansar e matar-me", contou a israelita, acrescentando que "o humor deles mudava rapidamente. Num minuto brincavam e riam, noutro apontavam as armas".

A partir dessa altura Noga era obrigada a andar de mãos dadas com ele para que "parecessem um casal" sempre que mudavam de cativeiro. A jovem era também forçada a usar hijab.

Mais tarde, Noga descobriu que o terrorista que a tinha pedido em casamento estava entre os membros do Hamas que mataram o pai, Ilan, o que a revoltou ainda mais.

A israelita acabou por ser libertada, junto com a mãe, várias semanas depois, a 25 de novembro. Agora pretende alistar-se no exército de Israel para combater o Hamas.

Recorde-se que cerca de 100 reféns raptados em outubro do ano passado pelo Hamas continuam sob alçada deste grupo terrorista.

Leia Também: Israel acusa Hamas de rejeitar repetidamente qualquer acordo

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