Pequim "ordenou que as forças navais e aéreas seguissem e monitorizassem o navio de acordo com as leis e regulamentos e emitiu um aviso para o obrigar a sair" da zona, disse Tian Junli, porta-voz da Área de Comando Sul do Exército chinês, citado pelas agências internacionais.
O contratorpedeiro de mísseis guiados USS Halsey "entrou ilegalmente nas águas territoriais da China perto das ilhas Xisha sem a autorização do Governo chinês", referiu o porta-voz, utilizando a designação chinesa para as ilhas Paracel.
Estas ilhas são também reivindicadas pelo Vietname e a soberania chinesa não é reconhecida internacionalmente.
"As ações dos Estados Unidos da América (EUA) violam gravemente a soberania e a segurança da China", afirmou o porta-voz.
Tian Junli acusou Washington de causar "riscos de segurança no Mar do Sul da China" e de ser o "maior destruidor" da paz e da estabilidade na região.
A Marinha dos EUA declarou entretanto, num comunicado, que o navio USS Halsey "respeitou os direitos e as liberdades de navegação no Mar do Sul da China, perto das ilhas Paracel".
"No final da operação, o USS Halsey prosseguiu as suas operações no Mar do Sul da China", declarou a Marinha norte-americana, acrescentando que "as reivindicações ilegais generalizadas no Mar do Sul da China representam uma grave ameaça à liberdade de navegação".
A China reivindica a quase totalidade do Mar do Sul da China. Outros países vizinhos, como o Vietname, as Filipinas, a Malásia e o Brunei, têm reivindicações que colidem com os interesses de Pequim.
A China acusa regularmente os EUA de apoiarem as nações com reivindicações territoriais que rivalizam com as suas, a fim de contrariar a sua ascensão regional.
Pelo Mar do Sul da China passa 30% do comércio marítimo mundial. A região alberga ainda 12% das zonas de pesca do mundo, bem como jazidas de petróleo e gás.
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