"Emitido aviso" a navio militar dos EUA no Mar do Sul da China

A China afirmou hoje que o seu exército seguiu um navio da Marinha norte-americana e "emitiu um aviso" contra o mesmo perto das Ilhas Paracel, em águas disputadas no Mar do Sul da China.

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Lusa
10/05/2024 12:38 ‧ 10/05/2024 por Lusa

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China

Pequim "ordenou que as forças navais e aéreas seguissem e monitorizassem o navio de acordo com as leis e regulamentos e emitiu um aviso para o obrigar a sair" da zona, disse Tian Junli, porta-voz da Área de Comando Sul do Exército chinês, citado pelas agências internacionais.

O contratorpedeiro de mísseis guiados USS Halsey "entrou ilegalmente nas águas territoriais da China perto das ilhas Xisha sem a autorização do Governo chinês", referiu o porta-voz, utilizando a designação chinesa para as ilhas Paracel.

Estas ilhas são também reivindicadas pelo Vietname e a soberania chinesa não é reconhecida internacionalmente.

"As ações dos Estados Unidos da América (EUA) violam gravemente a soberania e a segurança da China", afirmou o porta-voz.

Tian Junli acusou Washington de causar "riscos de segurança no Mar do Sul da China" e de ser o "maior destruidor" da paz e da estabilidade na região.

A Marinha dos EUA declarou entretanto, num comunicado, que o navio USS Halsey "respeitou os direitos e as liberdades de navegação no Mar do Sul da China, perto das ilhas Paracel".

"No final da operação, o USS Halsey prosseguiu as suas operações no Mar do Sul da China", declarou a Marinha norte-americana, acrescentando que "as reivindicações ilegais generalizadas no Mar do Sul da China representam uma grave ameaça à liberdade de navegação".

A China reivindica a quase totalidade do Mar do Sul da China. Outros países vizinhos, como o Vietname, as Filipinas, a Malásia e o Brunei, têm reivindicações que colidem com os interesses de Pequim.

A China acusa regularmente os EUA de apoiarem as nações com reivindicações territoriais que rivalizam com as suas, a fim de contrariar a sua ascensão regional.

Pelo Mar do Sul da China passa 30% do comércio marítimo mundial. A região alberga ainda 12% das zonas de pesca do mundo, bem como jazidas de petróleo e gás.

Leia Também: China insta Filipinas a "regressar ao diálogo" para resolver litígios

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