A coligação liderada pelo nacionalista Partido Progressista Sérvio (SNS), do Presidente Aleksandar Vucic, obteve uma vitória clara este fim de semana contra grupos de oposição fragmentados.
O SNS conquistou a vitória na repetição das eleições na capital, e na votação regular agendada para outros municípios, de acordo com os resultados oficiais.
O primeiro ato eleitoral em Belgrado, em dezembro, desencadeou tensões políticas e acusações de que o partido de Vucic cometeu fraude eleitoral. Seguiram-se semanas de protestos na nação dos Balcãs mas não foram realizadas novas eleições parlamentares.
O novo relatório elaborado por um gabinete da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) apontou que os seus observadores registaram "numerosos problemas com o sigilo do voto, bem como vários casos de irregularidades graves, incluindo compra de votos e casos isolados de violência".
Os observadores acrescentaram que, embora as liberdades fundamentais tenham sido respeitadas, "as preocupações sobre a pressão generalizada sobre os funcionários do setor público e a utilização indevida dos recursos públicos levantaram questões sobre a oportunidade de os eleitores fazerem livremente a sua escolha".
Durante mais de uma década, Vucic e o seu partido controlaram todos os níveis de poder na Sérvia e chegaram às eleições de domingo como claros favoritos.
Os grupos de oposição dividiram-se para a participação nas eleições, o que enfraqueceu as suas hipóteses de sucesso.
Vucic procura formalmente a adesão da Sérvia à União Europeia, mas afastou-se dos valores democráticos pró-UE, ao mesmo tempo que cultiva laços estreitos com a Rússia e a China.
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