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Exército israelita diz que atacou complexo do Hamas numa escola da ONU

O Exército israelita disse hoje que atacou com recurso a 'drones' um complexo do grupo islamita palestiniano Hamas numa escola da Agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina (UNRWA), no centro da Faixa de Gaza.

Exército israelita diz que atacou complexo do Hamas numa escola da ONU
Notícias ao Minuto

16:23 - 04/06/24 por Lusa

Mundo UNRWA

"Um dispositivo da Força Aérea controlado remotamente, seguindo dados dos serviços de informações (...), bombardeou [na noite de segunda para terça-feira] um complexo usado pelo Hamas na escola UNRWA Abu Alhilu em Bureij", afirmou o Exército num comunicado publicado no seu 'site', no qual indicou que, no momento do ataque, elementos do grupo palestiniano estavam no interior das instalações situadas num campo de refugiados.

O Exército israelita afirmou que "o ataque foi cuidadosamente planeado" e que foram utilizadas "armas de precisão" para "evitar, na medida do possível, danos a quem não estava envolvido".

Segundo a mesma nota informativa, "o complexo atacado foi usado por terroristas do Hamas para planear atos terroristas contra membros das Forças de Defesa de Israel em Gaza e contra o território israelita".

Por outro lado, as forças de Telavive confirmaram bombardeamentos contra outros 65 "alvos terroristas" em diferentes partes da Faixa de Gaza durante as últimas 24 horas, incluindo edifícios militares, armazéns de armas, pontos de lançamento de projéteis, postos de observação, "esquadrões terroristas" e outras infraestruturas militares.

O Exército israelita indicou também que continua as suas operações na cidade de Rafah (sul), situada junto da fronteira com o Egito, onde encontrou "muitas armas" no âmbito das operações contra o Hamas e outras fações armadas, na sequência da ofensiva em grande escala lançada desde 07 de outubro de 2023 no enclave palestiniano.

Os bombardeamentos israelitas aumentaram em Rafah nas últimas semanas, em simultâneo com uma ofensiva terrestre contra a cidade no sul do território em 06 de maio, inicialmente focada na parte oriental e posteriormente alargada à sua zona central, incluindo a captura do lado palestiniano da fronteira com o Egito, o que levou à suspensão das operações humanitárias através da passagem fronteiriça.

As autoridades da Faixa de Gaza, controladas pelo Hamas, relataram por seu lado a morte de oito polícias num ataque bombista contra um veículo em Deir al-Balah, no centro do enclave.

O Ministério do Interior da Faixa de Gaza indicou que as vítimas "estavam num veículo durante seu trabalho policial quando prestavam serviços aos cidadãos".

"As tentativas da ocupação de perpetuar os seus crimes e atacar membros da força policial com o objetivo de espalhar o caos e confundir a frente interna irão falhar. A polícia continuará a cumprir o seu dever de apoiar os cidadãos, sem importar os sacrifícios", acrescentou o ministério tutelado pelo Hamas num comunicado divulgado na plataforma Telegram.

Neste sentido, o ministério sublinhou que, "ao atacar a polícia, a ocupação [israelita] ignora todas as leis internacionais, que proíbem atacar a polícia, parte de uma agência civil que presta serviço humanitário face aos crimes de genocídio a que está exposta a população na Faixa de Gaza".

A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada por um ataque do Hamas em solo israelita, em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e deixou mais de duas centenas de reféns na posse do grupo palestiniano, segundo Telavive.

A ofensiva israelita que se seguiu na Faixa de Gaza provocou mais de 36 mil mortos, de acordo com as autoridades do enclave palestiniano.

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