"Digamos que Macron demonstra apoio absoluto ao regime ucraniano e declara que a República Francesa está pronta para participar diretamente no conflito militar", afirmou o porta-voz do Kremlin (presidência), Dmitri Peskov, às agências russas.
As declarações do Presidente de um país como a França, que é da NATO e da União Europeia, são "extremamente provocatórias, aumentam as tensões no continente e não trazem nada de positivo", acrescentou, segundo a agência francesa AFP.
Macron anunciou na quarta-feira "uma nova cooperação" com Kiev, com a transferência de Mirage 2000-5 e a formação de pilotos ucranianos em França a partir do verão, para os ter prontos até ao final do ano.
Disse também que a França se oferecia para treinar 4.500 soldados ucranianos em território francês.
Macron negou que as medidas sejam "um fator de escalada".
"Ir treinar alguém na zona ocidental, que é uma zona livre na Ucrânia, não é agressivo", defendeu.
As tensões franco-russas estão a aumentar desde que Macron levantou a hipótese de enviar instrutores franceses para a Ucrânia e admitiu a possibilidade do envio de soldados franceses para o país.
A Rússia afirmou que não excluiria a possibilidade de atacar soldados franceses se fossem enviados para a Ucrânia.
Desde que foi invadida pela Rússia em fevereiro de 2022, a Ucrânia tem recebido ajuda financeira e militar dos aliados ocidentais, mas também tem criticado hesitações e atrasos nas entregas de armas.
Os parceiros de Kyiv também têm decretado sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.
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