O juiz responsável pelo julgamento do antigo presidente norte-americano, Donald Trump, no caso de um suborno pago à atriz pornográfica Stormy Daniels, para encobrir um escândalo sexual, decidiu adiar a leitura da sentença para 18 de setembro, mais de dois meses após a data inicial de 11 de julho.
A decisão foi tomada após os procuradores de Manhattan, em Nova Iorque, terem afirmado que não se oporiam ao pedido do ex-presidente para adiar a sentença, depois de o Supremo Tribunal dos Estados Unidos lhe ter concedido imunidade parcial no caso do ataque ao Capitólio.
"Apesar de considerarmos que os argumentos do arguido não têm mérito, não nos opomos ao seu pedido de autorização para apresentar a moção e ao seu eventual pedido de adiamento da sentença enquanto se aguarda a decisão sobre a moção", escreveu o procurador-geral adjunto Josh Steinglass numa carta dirigida ao juiz Juan Merchan.
A 30 de maio, Trump foi considerado culpado de 34 acusações de falsificação de documentos para esconder uma relação extraconjugal com uma atriz pornográfica e, dessa forma, não comprometer a sua corrida presidencial em 2016.
Embora o caso se concentre em atos que Trump fez como candidato e não como presidente, os advogados do magnata argumentaram que os procuradores construíram o processo com base em provas obtidas durante o seu mandato presidencial e, por isso, deveriam ter sido excluídas do julgamento devido às proteções de imunidade, que agora foram confirmadas pelo Supremo.
Com o adiamento, a sentença será conhecida apenas depois da Convenção Nacional Republicana, que começará em Milwaukee em 15 de julho, significando que Trump poderá tornar-se o candidato presidencial do Partido Republicano enquanto ainda se desconhece a sentença que irá enfrentar.
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