Na apresentação das prioridades da sua candidatura aos eurodeputados na sessão a decorrer na cidade francesa de Estrasburgo, a alemã defendeu uma Europa que apoie as empresas, mas também as pessoas, acrescentando a necessidade de "aprofundar o mercado" e "reduzir a burocracia" para que haja "mais confiança, melhor execução".
Destacando a aposta que deve ser feita nas empresas, Von der Leyen também sublinhou a importância da aposta já feita em tecnologia e energias limpas, como no hidrogénio limpo, com a Europa a investir mais do que "os EUA e a China em conjunto".
"Nos últimos anos, concluímos com parceiros mundiais 35 novos acordos sobre tecnologia limpa, hidrogénio e matérias-primas críticas", acrescentou a alemão, referindo que será para continuar o Pacto Ecológico Europeu e assim alcançar os objetivos traçados para 2030 e 2050.
"Apresentarei um novo pacto industrial limpo nos primeiros 100 dias do próximo mandato", anunciou ainda, notando que a Europa está a "descarbonizar e a industrializar-se ao mesmo tempo".
Assim, os investimentos terão sempre uma base verde porque a economia próspera que defende é também uma questão de "justiça intergeracional" dados os objetivos para mitigar as alterações climáticas.
Von der Leyen recordou que no primeiro semestre deste ano metade da produção de eletricidade teve origem em energias renováveis e os "investimentos em tecnologias limpas na Europa mais do que triplicaram neste mandato".
O novo acordo industrial limpo também ajudará a reduzir as faturas de energia, indicou a responsável, recordando a "chantagem" do presidente russo, Vladimir Putin, ao cortar o "acesso aos combustíveis fósseis". "Mas resistimos juntos. Investimos maciçamente em energias renováveis baratas produzidas internamente. E isso permitiu-nos libertarmo-nos dos sujos combustíveis fósseis russos", concluiu.
Ursula von der Leyen apresenta hoje o seu programa e as suas propostas para uma eventual reeleição, visando um novo mandato de cinco anos.
Cabe ao Parlamento Europeu aprovar, após a proposta do Conselho Europeu feita no final de junho, o novo presidente da Comissão por maioria absoluta (metade de todos os eurodeputados mais um), com Ursula von der Leyen a ter de obter 'luz verde' de pelo menos 361 parlamentares (entre 720).
[Notícia atualizada às 10h10]
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