Os quatro políticos, todos membros do partido do histórico opositor Raila Odinga (Movimento Democrático Laranja, ou ODM), são John Mbadi, para o Ministério das Finanças, James Opiyo Wandayi, para o Ministério da Energia e Petróleo, Hassan Ali Joho, para o Ministério das Minas e Economia Marinha, e Wycliffe Oparanya, para o Ministério do Desenvolvimento das Cooperativas e Pequenas Médias Empresas.
De acordo com a agência de notícias France-Presse (AFP), estes nomes fazem parte de uma lista de dez pessoas anunciadas hoje pelo Chefe de Estado, para além de outros dez governantes apresentados ao Parlamento na terça-feira.
Estas nomeações dividiram a coligação da oposição Azimio, cujo líder, Musyoka Kalonzo, anunciou na sexta-feira que não participaria nem apoiaria o "Governo alargado" pretendido pelo Presidente.
"Felicito os dirigentes das várias organizações, tanto do setor público como do privado, incluindo os partidos políticos, pela sua resposta encorajadora à minha consulta sobre a formação de um Governo alargado", declarou William Ruto, citado pela AFP.
"A sua vontade de pôr de lado posições e interesses partidários para se juntarem a uma parceria visionária para a transformação radical do Quénia é um testemunho histórico do seu patriotismo", acrescentou o chefe de Estado.
William Ruto dissolveu o Governo a 11 de julho, num gesto de apaziguamento face a um poderoso movimento de protesto antigovernamental desencadeado pelo projeto de orçamento para o ano fiscal de 2024 e 2025, que introduzia novos impostos, que acabou por retirar.
A mobilização popular, liderada por jovens fora de qualquer partido, foi crescendo até chegar a uma breve invasão do parlamento, a 25 de junho, com a polícia a responder com munições reais.
Desde o início dos protestos, pelo menos 50 pessoas foram mortas, de acordo com a agência nacional de proteção dos direitos humanos, citada pela AFP.
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