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Kamala critica "agenda retrógada" de Trump e de "aliados extremistas"

A vice-Presidente norte-americana, Kamala Harris, que se anunciou como candidata às presidenciais de novembro, criticou hoje a "agenda retrógrada" do adversário republicano, Donald Trump, e dos seus "aliados extremistas".

Kamala critica "agenda retrógada" de Trump e de "aliados extremistas"
Notícias ao Minuto

20:24 - 25/07/24 por Lusa

Mundo EUA

"Donald Trump e os seus aliados extremistas querem devolver a nossa nação a políticas económicas falhadas", criticou a política democrata, discursando perante a Federação Americana de Professores em Houston, no Texas.

 

Kamala Harris, 59 anos, que assumiu no domingo a candidatura à sucessão de Joe Biden, na liderança da Casa Branca, logo após o atual Presidente norte-americano ter desistido da corrida eleitoral, expôs hoje vários dos seus argumentos de campanha, que incluem a educação, controlo de armas, direito ao aborto e cuidados de saúde acessíveis.

Trump e os seus aliados, acusou a vice-Presidente, "têm a coragem de dizer aos professores para colocarem armas na sala de aula quando se recusam a aprovar leis de bom senso sobre a segurança das armas".

Kamala Harris mencionou também a proibição de livros em vários estados, refletindo confrontos sobre questões sociais relacionadas com género, sexualidade e racismo: "Queremos proibir armas de assalto, e eles querem proibir livros", argumentou.

O primeiro 'clip' da campanha de Kamala Harris, lançado hoje, tem como banda sonora a música "Freedom" da influente Beyoncé, conhecida por manter um controlo muito apertado sobre os direitos dos seus trabalhos.

Depois de ter obtido um número significativo de apoios de políticos e celebridades democratas e dezenas de milhares dólares em financiamentos de campanha, hoje Dolores Huerta, uma voz forte entre os eleitores hispânicos, manifestou-se igualmente em favor da candidatura de Harris.

Por seu lado, Donald Trump acusou hoje na Fox News o Partido Democrata de "um golpe de estado" contra o atual líder da Casa Branca.

"Acho que foi um golpe de estado. Não queriam que ele se candidatasse. Estava muito em baixo nas sondagens e pensaram que ia perder", comentou o político republicano.

As primeiras sondagens e análises, embora ainda muito preliminares, sugerem que a vice-Presidente democrata teria um melhor desempenho eleitoral do que Biden e poderia derrotar Trump em alguns estados decisivos.

O ex-Presidente norte-americano desferiu uma série de ataques num comício na quarta-feira na Carolina do Norte contra Harris, a quem chamou de "nova vítima da derrota" e acusou de enganar o eleitorado sobre a capacidade de Biden se candidatar a um segundo mandato.

"Portanto, temos agora uma nova vítima para derrotar: a mentirosa Kamala Harris", disse Trump, rotulando-a de "a vice-Presidente mais incompetente e de extrema-esquerda da história americana".

Trump chamou-lhe "lunática de esquerda radical" e disse que era "louca" pelas suas posições sobre o aborto e imigração.

Joe Biden, de 81 anos, anunciou no domingo a desistência da sua campanha de reeleição e o apoio a Kamala Harris como possível sucessora depois de semanas de pressão interna para desistir da corrida devido a dúvidas sobre o seu estado de saúde.

Para ser candidata contra Trump em novembro, a vice-Presidente norte-americana tem de ser confirmada pelos delegados na Convenção Nacional Democrata, que vai decorrer em Chicago de 19 a 22 de agosto.

Leia Também: Republicanos criticam papel de Harris no controlo da imigração

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