"O regime sionista [Israel] estará a cometer um grave erro com graves consequências se atacar o Líbano", disse Pezeshkian, durante uma conversa com o homólogo francês, Emmanuel Macron, segundo o portal da Presidência iraniana.
No domingo, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Nasser Kanani, avisou Israel, inimigo declarado do Irão, das "consequências" de um ataque de retaliação no Líbano, depois de um 'rocket' disparado contra um campo de futebol na cidade de Majdal Shams ter matado 12 crianças e adolescentes de uma comunidade drusa nos Montes Golã.
Israel culpou o movimento islamita libanês Hezbollah, que negou estar na origem do ataque mortal nos Montes Golã sírios, parcialmente ocupados e anexados por Israel.
"Qualquer ação (...) do regime sionista pode levar ao agravamento", declarou Kanani, que acusou Israel de culpar o Hezbollah para desviar a atenção da opinião pública e do mundo das suas ações na Faixa de Gaza, cenário de uma guerra e de um desastre humanitário desde outubro de 2023.
Durante a conversa que manteve hoje com Macron, o Presidente iraniano criticou igualmente Israel por violar "todos os quadros e leis internacionais" ao cometer "crimes" contra os palestinianos.
O Irão, aliado do movimento islamita palestiniano Hamas, em guerra com Israel em Gaza, não reconhece o Estado israelita e fez do apoio à causa palestiniana um elemento central da sua política externa desde a Revolução Islâmica de 1979.
Os Montes Golã são uma região estratégica na encruzilhada de três países (Síria, Líbano e Israel), conquistada em grande parte por Israel em 1967.
Israel anexou dois terços do território em 1981, mas a comunidade internacional nunca reconheceu esta anexação.
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