"Foram lançados 'rockets' contra a base Ain al-Assad" na província de al-Anbar, na região ocidental do Iraque, disse fonte de segurança iraquiana à agência France-Presse (AFP).
Alguns "caíram dentro da base" e um 'rocket' caiu sobre uma aldeia vizinha, sem causar danos, acrescentou a mesma fonte, que falou sob a condição de anonimato.
O grupo de milícias pró-Irão Resistência Islâmica no Iraque reivindicou hoje à noite a responsabilidade pelo ataque contra a base aérea da coligação internacional liderada pelos EUA em Ain al-Assad, noticiou a agência Efe.
Num breve comunicado, as milícias pró-iranianas reiteraram a sua intenção de "continuar a destruir os redutos do inimigo a um ritmo acelerado", sem fornecer mais detalhes.
Fonte de segurança iraquiana da província de Anbar disse à agência Efe que a base aérea atacada "por quatro mísseis Katyusha".
Segundo esta fonte, "as defesas aéreas conseguiram abater dois deles antes de atingirem os seus alvos, enquanto dois mísseis caíram nas proximidades da base sem causar danos materiais ou humanos".
Já um porta-voz da Defesa dos Estados Unidos referiu que vários elementos do pessoal norte-americano ficaram feridos, de acordo com as primeiras indicações do local.
"Houve um alegado ataque com 'rockets' contra as forças norte-americanas e da coligação [anti-jihadista internacional] na Base Aérea de Al-Assad, no Iraque", frisou a mesma fonte, citada pela AFP.
As autoridades de defesa norte-americanas adiantaram à agência Associated Press (AP) que as tropas da base aérea de al-Assad ainda estavam a avaliar os danos, confirmando a existência de vários feridos.
Este tipo de ataques eram comuns no início da guerra entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza, mas desde então diminuíram em grande parte.
O ataque de hoje ocorre depois de um ataque norte-americano na terça-feira, que teve como alvo combatentes iraquianos pró-iranianos que "tentavam fazer levantar 'drones' de ataque", o que "constituía uma ameaça às forças norte-americanas e da coligação anti-jihadista na região", segundo fonte de Defesa dos EUA.
A ofensiva, que fontes iraquianas disseram ter feito quatro mortos, foi o primeiro realizado pelas forças norte-americanas no Iraque desde fevereiro.
Em janeiro, um ataque de drone atribuído a este movimento matou três soldados norte-americanos numa base na Jordânia. Em retaliação, os Estados Unidos lançaram dezenas de ataques contra combatentes pró-Irão no Iraque e na Síria.
Desde então, os ataques contra as forças americanas diminuíram bastante.
Bagdade tentou acalmar a situação, iniciando conversações com Washington sobre o futuro da missão da coligação internacional no Iraque, com grupos pró-Irão a apelar à sua retirada.
O ataque de hoje contra a base com tropas norte-americanas surge num contexto de receios crescentes de uma resposta do Irão e dos seus aliados a Israel ao assassínio de altos responsáveis do Hamas e do Hezbollah libanês.
Os receios da subida de tensão aumentaram no Médio Oriente e levaram os Estados Unidos a reforçar as suas forças militares nos últimos dias.
Cerca de 2.500 soldados norte-americanos estão destacados no Iraque e 900 na Síria.
[Notícia atualizada às 22h57]
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