Centenas de pessoas despedem-se de menina portuguesa morta em Southport

Alice da Silva Aguiar, de nove anos, não resistiu aos ferimentos provocados no ataque à faca de 29 de julho e morreu no hospital no dia seguinte.

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Notícias ao Minuto
11/08/2024 17:31 ‧ 11/08/2024 por Notícias ao Minuto

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Southport

Centenas de pessoas prestaram, este domingo, uma última homenagem a Alice da Silva Aguiar, a menina portuguesa que morreu num ataque à faca durante uma aula de dança em Southport, Inglaterra.

 

A criança, de nove anos, não resistiu aos ferimentos provocados no ataque de 29 de julho e morreu no hospital no dia seguinte. Outras duas meninas, de sete e seis anos, também morreram no ataque, que provocou ainda ferimentos a oito menores e dois adultos.

Segundo a BBC, o funeral de Alice contou com a presença de cerca de 300 pessoas, que se reuniram na Igreja Católica de St Patrick, em Southport. Ao redor do local, foram colocados fitas e balões cor-de-rosa em postes de iluminação e muros de jardins. 

Numa declaração lida em seu nome, os pais de Alice - Sérgio e Alexandra - afirmaram que a menina tinha sido "a filha de sonho perfeita" e que nunca irão "ultrapassar a dor". 

"Eras a nossa filha de sonho perfeita, tudo era perfeito desde o momento em que chegaste. Uma boa rapariga, com valores fortes e uma natureza bondosa, uma amante dos animais e uma ambientalista em formação", afirmaram, acrescentando que Alice era "brincalhona, enérgica, simpática e sempre tão respeitadora".

"Não gritar é uma regra da casa que aplicaste, uma grande tarefa para uma menina pequena, especialmente numa casa portuguesa", acrescentaram. 

Jinnie Payne, diretora da escola primária onde a menina estudava, foi uma das oradoras de cerimónia e descreveu Alice como uma "rapariga curiosa" que "nunca esquecia os pormenores".

Na cerimónia esteve também Serena Kenney, chefe da polícia de Merseyside, juntamente com cerca de 30 agentes e representantes dos serviços de emergência.

Sublinhe-se que o autor do ataque, Axel Rudakubana, de 17 anos, nascido no País de Gales e filho de pais ruandeses, foi acusado do homicídio das três meninas e da tentativa de homicídio de outras dez pessoas.

Após o ataque, registam-se protestos violentos da extrema-direita por todo o Reino Unido, sobretudo quando se espalhou nas redes sociais a informação incorreta de que o atacante era um requerente de asilo que tinha atravessado o Canal da Mancha de barco.

Leia Também: Irmã de uma das crianças que morreu em Southport viu ataque e fugiu

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