Este general iraniano, que não foi identificado, é acusado de transferir para a Rússia pelo menos 1.500 'drones' Shahed-136 e Mohajer-6 e de ter ensinado os combatentes russos a utilizar os equipamentos contra a Ucrânia.
O Ministério Público ucraniano anunciou que vai solicitar à Interpol que o inclua na lista de pessoas procuradas.
"Pela primeira vez, a Ucrânia declara um general estrangeiro suspeito de crimes de guerra. Pela primeira vez, a Ucrânia declara um oficial de alta patente de um país que não a Rússia como suspeito de ajudar a travar a guerra contra o nosso país", anunciou o Ministério Público ucraniano, na sua conta na rede social Telegram.
De acordo com a justiça ucraniana, o general iraniano também ajudou os russos a lançá-los contra alvos reais em território ucraniano.
Estas atividades decorreram em setembro e outubro de 2022 na península ocupada da Crimeia, para onde viajou um grupo de oito instrutores iranianos, segundo o Ministério Público ucraniano.
Quase todas as noites, a Rússia lança diversos 'drones' kamikaze que recebe do Irão contra a Ucrânia.
Estes dispositivos não tripulados tornaram-se uma das armas mais utilizadas pela Rússia nesta guerra.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde o início da invasão.
Os aliados de Kiev também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.
Leia Também: Rússia amplia sanções contra empresários e jornalistas