Tempestade Boris faz pelo menos sete mortos na Europa Central e Oriental
A tempestade Boris que está a afetar vários países da Europa Central e de Leste fez pelo menos sete mortos, com uma quinta vítima na Roménia e mais duas, na Áustria e na Polónia, segundo as autoridades locais.
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A tempestade provocou danos, inundações, cortes maciços de eletricidade, perturbações nas redes de transportes e retiradas em massa de residentes na República Checa, Eslováquia, Polónia e Roménia.
Em Galati, região no leste da Roménia que tem sido particularmente afetada pelo mau tempo, os serviços de emergência encontraram hoje uma quinta vítima, depois de no sábado terem recuperado quatro corpos.
"Na sequência dos fenómenos ocorridos nos últimos dias na zona de Slobozia Conachi, foi identificada mais uma vítima mortal, elevando para cinco o número total de falecidos", referem em comunicado.
O primeiro-ministro romeno, Marcel Ciolacu, visitou hoje a cidade de Slobozia Conachi, em Galati, acompanhado pelo ministro do Interior, Slobozia Conachi, e pelo presidente do Senado, Nicolae Ciuca, segundo o news.ro.
Além das vítimas mortais, mais de 5.000 casas foram afetadas. As autoridades criaram dois campos de tendas para acolher desalojados, cada um com capacidade para 400 pessoas.
Na Áustria, foi declarado o estado de catástrofe na Baixa Áustria devido a uma "situação extrema e sem precedentes", segundo a equipa de crise criada pelas autoridades, citada pela televisão pública ORF.
Um bombeiro morreu durante uma operação de salvamento nas inundações.
A chuva já provocou cortes de eletricidade em várias regiões do país, incluindo a capital, Viena. "Continuamos a trabalhar no problema a fim de restabelecer rapidamente o fornecimento", afirmaram as companhias de eletricidade.
Na Polónia, o primeiro-ministro, Donald Tusk, confirmou a primeira morte, por afogamento, na sequência da tempestade neste país, onde cerca de 1.600 pessoas foram deslocadas e "muitas mais" podem vir a ser.
Tusk apelou à população para cumprir "as ordens de retirada imediatamente", alertando os cidadãos que se recusarem fazê-lo de colocarem em perigo as suas próprias vidas e as das equipas de salvamento.
Na República Checa, as regiões mais afetadas são a Morávia, a Silésia e Olomouc, onde foram retiradas mais de 10.500 pessoas e onde se prevê que as chuvas continuem na segunda-feira, o que agravará a situação, uma vez que o solo parece já ter atingido o seu nível de saturação e não poderá absorver mais água, explicou o ministro do Ambiente, Petr Hladík, citado pelo jornal Blesk.
Por seu lado, o ministro checo do Interior, Vít Rakusan, apelou à população das zonas afetadas para prepararem um pacote de evacuação.
A polícia deu conta do desaparecimento de quatro pessoas: três num carro que foi arrastado para um rio, na cidade de Lipova-Lazne, no nordeste do país, e um homem arrastado por um riacho no sudeste.
Cerca de 260.000 casas estão sem eletricidade.
A chuva forte começou na sexta-feira e deverá durar pelo menos até segunda-feira, na República Checa e na Polónia.
Entretanto, na Eslováquia, as chuvas também provocaram a subida das águas dos rios, principalmente dos rios Kysuce, Myjava e Cárpatos, onde estão a ser efetuadas evacuações de localidades, com a ajuda da polícia, nas áreas urbanas de Devínská Nová Ves e Kuchyna. Há ainda encerramentos de estradas na capital, Bratislava, e em Záhorí.
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