Segundo a agência noticiosa Efe, estes asilados exigem ainda que o executivo espanhol lhes conceda a liberdade e lhes dê asilo político.
Fátima Fadel, advogada de algumas destas pessoas, disse à Efe que já existe um abaixo-assinado subscrito por 29 ativistas, dos mais de 30 que se encontram retidos em Barajas, todos homens, retidos entre os terminais um e quatro.
Por outro lado, fontes do Ministério do Interior espanhol (equivalente ao Ministério da Administração Interna português) garantiram à Efe que até ao meio-dia de hoje não tinham recebido nenhuma comunicação oficial das autoridades policiais de Barajas a confirmar uma greve de fome entre os sarauís ali retidos.
No sábado, cerca de duas centenas de manifestantes, muitos deles familiares dos ativistas retidos no aeroporto de Barajas, manifestaram-se em frente ao Ministério do Interior em Madrid para exigir a libertação dos ativistas e a concessão de asilo em Espanha e para denunciar as "condições sub-humanas" que garantem que estas pessoas estão a viver.
Os manifestantes sublinham que estas pessoas são "presos políticos perseguidos por Marrocos" devido ao seu ativismo contra o Governo marroquino.
A advogada Fátima Fadel assegurou à Efe a "situação de extrema gravidade" que estas pessoas estão a viver, afirmando que estão a comer a mesma comida há 20 dias e que as condições de higiene "são terríveis", comparando que são as mesmas como se estivessem numa prisão.
A advogada adiantou que sete destes 30 ativistas ali retidos já têm agendados voos de regresso a Marrocos, para cidades como Casablanca ou Rabat, o que previsivelmente levará à sua prisão devido às suas atividades de ativismo.
"As autoridades espanholas não estão a valorizar as provas nem os relatos do que estão a denunciar", lamentou a advogada, em declarações à agência noticiosa espanhola.
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