Ativistas sarauís retidos no aeroporto de Barajas em greve de fome

Os ativistas sarauís retidos no aeroporto de Barajas, em Madrid, entraram hoje em greve de fome para denunciar as condições de insalubridade em que vivem e exigem ao Governo espanhol que cumpra o seu dever de asilo político.

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Lusa
22/09/2024 14:14 ‧ 22/09/2024 por Lusa

Mundo

Madrid

Segundo a agência noticiosa Efe, estes asilados exigem ainda que o executivo espanhol lhes conceda a liberdade e lhes dê asilo político.

 

Fátima Fadel, advogada de algumas destas pessoas, disse à Efe que já existe um abaixo-assinado subscrito por 29 ativistas, dos mais de 30 que se encontram retidos em Barajas, todos homens, retidos entre os terminais um e quatro.

Por outro lado, fontes do Ministério do Interior espanhol (equivalente ao Ministério da Administração Interna português) garantiram à Efe que até ao meio-dia de hoje não tinham recebido nenhuma comunicação oficial das autoridades policiais de Barajas a confirmar uma greve de fome entre os sarauís ali retidos.

No sábado, cerca de duas centenas de manifestantes, muitos deles familiares dos ativistas retidos no aeroporto de Barajas, manifestaram-se em frente ao Ministério do Interior em Madrid para exigir a libertação dos ativistas e a concessão de asilo em Espanha e para denunciar as "condições sub-humanas" que garantem que estas pessoas estão a viver.

Os manifestantes sublinham que estas pessoas são "presos políticos perseguidos por Marrocos" devido ao seu ativismo contra o Governo marroquino.

A advogada Fátima Fadel assegurou à Efe a "situação de extrema gravidade" que estas pessoas estão a viver, afirmando que estão a comer a mesma comida há 20 dias e que as condições de higiene "são terríveis", comparando que são as mesmas como se estivessem numa prisão.

A advogada adiantou que sete destes 30 ativistas ali retidos já têm agendados voos de regresso a Marrocos, para cidades como Casablanca ou Rabat, o que previsivelmente levará à sua prisão devido às suas atividades de ativismo.

"As autoridades espanholas não estão a valorizar as provas nem os relatos do que estão a denunciar", lamentou a advogada, em declarações à agência noticiosa espanhola.

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