Num discurso perante as autoridades belgas no Castelo de Laeken, naquele que foi o seu primeiro ato oficial da visita que iniciou na quinta-feira à Bélgica, o Papa disse rezar para que os dirigentes das nações, ao olharem para este país europeu e para respetiva História, aprendam com o exemplo belga e "salvem assim os seus povos de catástrofes sem fim e de inúmeros lutos".
"Rezo para que os governantes saibam assumir a sua responsabilidade, o risco e a honra da paz, e saibam afastar o perigo, a ignomínia e o absurdo da guerra", acrescentou Francisco, manifestando o desejo para que os líderes mundiais deem prioridade ao "bem comum".
Perante os reis belgas e o primeiro-ministro em exercício, Alexander De Croo, o líder da Igreja Católica desejou que a Bélgica seja "uma ponte, (...) indispensável para construir a paz e repudiar a guerra".
O líder religioso apelou ainda a uma "ação cultural, social e política constante e atempada, corajosa e prudente, que exclua um futuro em que a ideia e a prática da guerra, com as suas consequências catastróficas, volte a ser uma opção viável".
"A Europa é chamada a retomar o seu caminho, a recuperar o seu verdadeiro rosto, a voltar a confiar no futuro, abrindo-se à vida, à esperança, para ultrapassar o inverno demográfico e o inferno da guerra", frisou na mesma intervenção.
Após uma passagem pelo Luxemburgo, Francisco chegou na quinta-feira à Bélgica para uma visita que irá prolongar-se até domingo.
Leia Também: Abusos a menores? "Temos de pedir perdão. É a nossa vergonha", diz Papa