A ministra da Justiça da Noruega, Emilie Enger Mehl, considerou que colocar uma "vedação" ao longo da fronteira com a Rússia seria "muito interessante" e assegurou que o governo está a estudar "várias medidas" para reforçar a segurança ao longo dos 198 quilómetros.
"Uma vedação fronteiriça é muito interessante, não só porque pode ser dissuasora, mas também porque contém sensores e tecnologia que permitem detetar se as pessoas se estão a aproximar da fronteira", disse a ministra numa entrevista à emissora pública norueguesa NRK, publicada no sábado.
Mehl garantiu ainda que o Governo norueguês está a estudar "várias medidas" para reforçar a segurança na fronteira com a Rússia, no norte do Ártico, incluindo a colocação de vedações, o aumento do número de efetivos fronteiriços ou a intensificação da vigilância.
"É uma medida que pode tornar-se relevante em toda ou parte da fronteira", acrescentou.
O posto fronteiriço de Storskog é o único ponto de passagem oficial entre os dois países e está atualmente rodeado por uma vedação de 200 metros de comprimento e 3,5 metros de altura, erigida em 2016, depois de cerca de cinco mil migrantes e requerentes de asilo terem atravessado da Rússia para a Noruega, explica a agência de notícias The Associated Press (AP).
Uma decisão semelhante foi tomada pela Finlândia, país vizinho da Noruega que partilha uma fronteira de mais de mil quilómetros com a Rússia - a maior entre países da União Europeia (UE) e território russo.
No final de 2023, a Finlândia decidiu fechar a ligação terrestre, depois de cerca de 1.300 imigrantes sem documentação adequada ou vistos terem chegado à fronteira desde setembro.
O governo finlandês descreveu a "migração instrumentalizada" da Rússia como "uma séria ameaça à segurança nacional e à ordem pública da Finlândia".
A maioria dos migrantes era oriunda do Médio Oriente e de África e pediu asilo na Finlândia, um país com 5,6 milhões de habitantes.
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