Três mil brasileiros pedem para sair do Líbano em operação de resgate
Cerca de três mil brasileiros no Líbano mostraram interesse em serem repatriados, numa operação de resgate que deverá iniciar-se com o primeiro voo no próximo fim de semana, disse hoje à Lusa fonte da diplomacia brasileira.
© Lusa
Mundo Líbano
No início da semana passada, o Ministério das Releções Exteriores do Brasil abriu uma consulta à comunidade brasileira no Líbano para saber do interesse em serem incluídos numa eventual operação de repatriamento para o Brasil.
"Três mil pessoas pediram para serem incluídas nessa operação", num processo que continua aberto mediante a "situação vá evoluindo no terreno", explicou à Lusa a fonte diplomática brasileira.
O avião que descolará na quarta-feira e que terá escala em Portugal deverá realizar o "primeiro voo com 230, 240 pessoas" no fim de semana, frisou.
Dado o elevado interesse demonstrado pela comunidade brasileira no Líbano é "provável que haja outros voos", disse a diplomacia brasileira.
Ainda assim, as autoridades brasileiras recordaram que, como o aeroporto em Beirute continua aberto, está a incentivar os cidadão a sair do país pelos próprios meios por se tratar de uma operação complexa.
Cerca de 21.000 brasileiros vivem no Líbano e pelo menos dois deles foram mortos na semana passada, durante fortes bombardeamentos das forças israelitas em retaliação a ataques do grupo xiita Hezbollah.
O Brasil é considerado o país com a maior diáspora libanesa no mundo. Estima-se em 10 milhões o número de descendentes de libaneses no Brasil.
O Conselho de Segurança da ONU está hoje em consultas intensas para uma reunião de emergência sobre a situação no Líbano e a escalada na região, após a incursão terrestre israelita e o ataque iraniano com mísseis contra Israel.
A Guarda Revolucionária do Irão reivindicou o ataque com mísseis contra Israel, que justificou como uma represália pelas mortes do líder político do movimento islamita palestiniano Hamas, Ismail Haniye, e do secretário-geral da milícia xiita libanesa Hezbollah, Hassan Nasrallah.
Cerca das 19:40 locais (menos duas horas em Lisboa), o exército israelita anunciou que o Irão "lançou mísseis contra o Estado de Israel" e apelou à população para procurar abrigos. Cerca de 50 minutos depois, as forças armadas indicaram que a população poderia sair dos abrigos.
O porta-voz militar israelita, Daniel Hagari, advertiu hoje que "haverá consequências" do ataque iraniano, que envolveu o lançamento de mísseis balísticos sobre Israel, mas intercetados pelo sistema de defesa antiaérea.
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