"Para mim, a primeira prioridade é a escala europeia", após diversas reformas económicas e sociais em França, afirmou o chefe de Estado francês, que cumpre o seu segundo mandato de cinco anos.
Na capital alemã para participar num fórum sobre o futuro da Europa, Macron afirmou acreditar que os países europeus poderão "desbloquear muito crescimento e potencial".
Esta declaração foi feita no mesmo dia em que a Comissão de Legislação francesa rejeitou massivamente uma proposta para a sua destituição, apresentada pelo partido França Insubmissa (LFI), maior força no seio da coligação de esquerda Nova Frente Popular (NFP), que acusa Macron de não respeitar o resultado das eleições legislativas de julho.
Cabe agora à Conferência dos presidentes dos grupos políticos examinar e decidir, no prazo de 13 dias, se o texto deve passar à fase seguinte, ou seja, à apreciação no hemiciclo do parlamento.
No caso de uma votação positiva, o Senado (câmara alta do parlamento), por sua vez, adotaria a resolução, mas por ser liderado pela direita e pelo centro, é pouco plausível que o texto avance muito mais.
No entanto, esta é a primeira vez na Quinta República francesa que a proposta de destituição de um presidente chega à Conferência dos Presidentes.
Na sequência das eleições legislativas convocadas por Macron após a derrota do seu partido nas eleições europeias de junho, que a NFP venceu, sem maioria absoluta, o presidente francês recusou-se a nomear um governo da coligação de esquerda, sendo por isso acusado de um "golpe de forças".
O presidente francês acabaria por nomear, em setembro, o conservador Michel Barnier (centro-direita), o antigo negociador da União Europeia (UE) para o processo do 'Brexit' (saída britânica do bloco europeu), como primeiro-ministro de França.
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