A nota do exército israelita apenas descreve o ataque como preciso, remetendo informações para mais tarde.
Vários meios de comunicação locais libaneses afirmaram que o ataque teve como alvo a zona de Al Bashura, no coração da capital libanesa.
O jornal libanês Annahar referiu que o ataque foi dirigido contra uma sede da Autoridade Islâmica de Saúde, uma organização ligada ao Hezbollah e responsável pela prestação de cuidados e serviços de saúde.
Até ao momento, este ano, as sedes desta organização em diferentes locais do Líbano, bem como as ambulâncias do seu Departamento de Defesa Civil, têm sido alvo de bombardeamentos israelitas.
Fonte próxima do Hezbollah, citada pela agência France-Presse (AFP), frisou que os israelitas realizaram hoje à noite três ataques nos subúrbios a sul de Beirute, a terceira série de ataques israelitas contra este bastião do movimento pró-iraniano em menos de 24 horas.
Segundo a fonte, "três ataques israelitas tiveram como alvo os subúrbios a sul de Beirute na noite de quarta-feira".
Jornalistas da AFP, fora da capital libanesa, ouviram o som das explosões que ecoaram por quilómetros em redor.
O Ministério da Saúde libanês anunciou hoje à noite que 46 pessoas foram mortas e 85 feridas por "ataques do inimigo israelita" nas últimas 24 horas em várias regiões do país.
O centro de crise libanês anunciou antes da publicação deste relatório diário que 1.928 pessoas foram mortas no Líbano desde que Israel e o Hezbollah começaram a troca de ofensivas em outubro de 2023.
A intensa campanha de bombardeamentos israelitas provocou a deslocação de quase 1,2 milhões de pessoas, muitas das quais procuraram refúgio em segundas residências, hotéis, apartamentos de aluguer e num dos 867 abrigos montados pelas autoridades, apesar de mais de 74% estarem totalmente lotados.
Israel está a mobilizar cada vez mais soldados ao longo da fronteira com o Líbano, de acordo com o movimento xiita apoiado pelo Irão.
Também o exército libanês anunciou que tropas israelitas tinham atravessado a chamada Linha Azul, a fronteira de facto que separa os dois países vizinhos.
A ofensiva terrestre de Israel ocorre após 10 dias de pesados bombardeamentos aéreos no sul e leste do Líbano e nos subúrbios do sul de Beirute, os principais redutos do Hezbollah no Líbano.
Os bombardeamentos mataram dirigentes do Hezbollah, incluindo o chefe máximo da organização apoiada pelo Irão, Hassan Nasrallah.
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