A Defesa Civil da Faixa de Gaza confirmou a morte de Abdelaziz Salha num ataque israelita durante a madrugada de hoje em Deir al-Balah, no centro do território palestiniano.
Num comunicado, o exército israelita lembra que Salha foi condenado a prisão perpétua em 2004 pela participação no linchamento do cabo Vadim Norzich, morto ao mesmo tempo que um segundo soldado, Yossi Avrahami, em outubro de 2000.
Salha foi fotografado a mostrar as suas mãos cobertas de sangue a uma multidão reunida à porta da esquadra da polícia de Ramallah, na Cisjordânia, território ocupado por Israel desde 1967, após a morte dos dois soldados israelitas.
A fotografia, que foi divulgada a nível mundial, é considerada uma das imagens mais fortes e icónicas da segunda Intifada, a revolta palestiniana do início da década de 2000.
Em 2011, Abdelaziz Salha foi libertado da prisão como parte de uma troca de 1.027 prisioneiros palestinianos pela libertação do soldado israelita Gilad Shalit, feito refém por grupos armados palestinianos em 2006.
Na declaração, o exército afirmou que, após a libertação, Salha esteve envolvido em "atividades terroristas" na Cisjordânia ocupada "durante os últimos anos".
Um irmão e uma irmã de Abdelaziz Salha estão atualmente detidos em prisões israelitas, de acordo com o Clube dos Prisioneiros, uma organização de defesa e apoio aos presos palestinianos que afirmou "lamentar o martírio do prisioneiro libertado".
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