Murnane, Can Xue e Alexis Wright lideram apostas para Nobel da Literatura
Os escritores Gerald Murnane e Can Xue, juntamente com Alexis Wright, Jamaica Kincaid e Anne Carson, lideram as probabilidades das casas de apostas para o Prémio Nobel da Literatura de 2024, que será atribuído na quinta-feira, em Estocolmo.
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Mundo Nobel da Literatura
À medida que se aproxima o dia da atribuição daquele que é considerado o mais importante prémio literário do mundo, as apostas 'online' somam-se e começam a revelar os nomes dos escritores favoritos ao galardão, embora as reais nomeações e deliberações sejam absolutamente sigilosas.
No entanto, em 2024, o escolhido pela academia foi o norueguês Jon Fosse, precisamente o mesmo que liderou até ao fim a lista das apostas, juntamente com Can Xue.
A escritora chinesa, autora de "O amor no novo milénio", que já em 2022 esteve entre os principais candidatos, volta a ocupar um lugar cimeiro, estando desde há pelo menos uma semana a alternar entre o primeiro e o segundo lugar com o escritor australiano Gerald Murnane, segundo o agregador Nicer Odds.
Gerald Murnane (não editado em Portugal) ocupa atualmente o primeiro lugar nas probabilidades, a uma curta distância da autora chinesa, que é seguida pela escritora aborígene australiana Alexis Wright (também não editada em Portugal), que ocupa a terceira posição, quando ainda há poucos dias não figurava sequer entre os primeiros lugares.
A escritora canadiana Anne Carson, conhecida principalmente pelos seus livros de poesia, autora de obras como "A beleza do marido", "Autobiografia do vermelho", "Vidro, ironia e deus" e "Antigotriz", que tem sido um nome recorrente entre os favoritos ao Nobel nas casas de apostas e que esteve durante algum tempo em terceiro lugar nesta "corrida", caiu para quinto lugar.
Por outro lado, a antiguana-americana Jamaica Kincaid, de quem recentemente foi publicado em Portugal o romance "Annie John", que na semana passada se encontrava abaixo da décima posição nas preferências das casas de apostas, subiu para quarto lugar.
A escritora russa Lyudmila Ulitskaya, que há anos é um nome recorrente entre os favoritos ao Prémio Nobel, e que na semana passada estava em quarto lugar, desceu abruptamente para aquela que é agora a 23.ª posição, de acordo com esta lista.
Em sexto lugar, está o poeta sul-coreano Ko Un (não editado em Portugal), logo seguido do romancista e argumentista húngaro László Krasznahorkai, de quem a Antígona publicou "O Tango de Satanás", e do poeta e romancista romeno Mircea Cartarescu, que tem traduzidos em Portugal "Ofuscante" e "Porque gostamos das mulheres".
O queniano Ngugi Wa Thiong'o, autor de "Um grão de trigo" e "Pétalas de sangue", e o norte-americano Thomas Pynchon, que assina as obras "Mason & Dixon", "Arco-iris da gravidade" ou "O leilão do lote 49", entre outras, completam a lista dos dez favoritos.
A japonesa Yoko Tawada, o argentino César Aira, o japonês Haruki Murakami, os franceses Michel Houellebecq e Pierre Michon, o chileno Raul Zurita, e o indiano-britânico Salman Rushdie são outros favoritos, todos eles já habituais nestas listas.
Fugindo ao perfil do escritor clássico, aparece este ano novamente na lista dos principais favoritos Paul McCartney, um nome que está muito mais ligado à música.
Em 2016, a Academia Sueca atribuiu o prémio ao poeta e cantor Bob Dylan, uma escolha inesperada, que na época gerou controvérsia, mas que, desde então, abriu a possibilidade de nomes de músicos passarem a figurar entre os principais candidatos ao prémio literário nas casas de apostas.
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