Inteligência dos EUA aponta interferência nas eleições de novembro

O Departamento do Diretor de Inteligência Nacional (ODNI) sublinhou na segunda-feira que a menos de um mês das presidenciais nos Estados Unidos ainda há interferência estrangeira nestas eleições e adiantou que a Rússia prefere Trump e o Irão quer Kamala Harris.

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Lusa
08/10/2024 06:23 ‧ 08/10/2024 por Lusa

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EUA/Eleições

"A Rússia prefere o ex-presidente [Donald Trump, candidato republicano] e o Irão à vice-presidente [Kamala Harris, candidata democrata]. Também continuamos a avaliar que a China não procura influenciar as presidenciais. À medida que nos aproximamos da data das eleições, a comunidade de inteligência também sublinha que os esforços estrangeiros para minar a democracia norte-americana não vão terminar a 5 de novembro", disse um representante deste departamento federal à imprensa.

 

Alguns atores estrangeiros, particularmente a Rússia, a China e Cuba, de acordo com a avaliação efetuada, estão a apoiar ou denegrir candidatos em eleições legislativas, estatais ou públicas para determinar quais os candidatos a apoiar ou opor-se.

Concretamente, a Rússia, de acordo com Washington, está a aproveitar um amplo leque de atores com influência num esforço para influenciar as eleições para o Congresso, em particular para incentivar a opinião pública a opor-se a políticas e políticos pró-Ucrânia.

A China, por seu lado, tenta influenciar as eleições para o Congresso com candidatos que, independentemente da sua filiação partidária, Pequim considera uma ameaça aos seus interesses territoriais, nomeadamente na questão de Taiwan.

No ODNI não há informação relativa a uma intenção do Irão de influenciar as eleições estatais e do Congresso no atual ciclo eleitoral.

A 05 de novembro, os eleitores norte-americanos para além de elegerem o próximo presidente, elegem também toda a Câmara dos Representantes e um terço do Senado.

O organismo acrescentou que, "tal como fez em eleições eleitorais, Havana pode estar a tentar obter o apoio do Congresso e dos políticos locais que acredita poderem apoiar as suas políticas", com a Florida, governada pelo republicano Ron DeSantis, a ser apontada como o epicentro dessas atividades.

O ODNI sublinhou que a ingerência estrangeira tenta minar a confiança nos processos democráticos e exacerbar a divisão na sociedade, para além de moldar as preferências dos eleitores.

Estas atividades, acrescentou o organismo, não vão terminar no dia das eleições, prevendo-se que se tente por em causa a validade dos resultados eleitorais.

Atualmente, Harris lidera as intenções de voto, com uma vantagem de 2,6 pontos percentuais em relação a Donald Trump, segundo os resultados das sondagens da FiveThirtyEight a nível federal.

O ODNI não detetou até ao momento qualquer tentativa para atacar os sistemas de votação, focando-se a atividade externa em operações de influência e informação.

Leia Também: Harris garante que só estará com Putin com representação da Ucrânia

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