"Pashinyan agradeceu a Putin o serviço das forças fronteiriças do Serviço Federal da Rússia, desde a independência da República da Arménia", referiu o Governo arménio, num comunicado.
A partir de 01 de janeiro de 2025, os guardas fronteiriços arménios serão responsáveis pela segurança neste ponto da fronteira entre a Arménia e a República Islâmica.
Quanto ao resto da zona fronteiriça, com uma extensão de 44 quilómetros, será controlado a partir do próximo ano, de forma conjunta, por guardas arménios e russos, segundo o acordo estabelecido hoje entre os dois líderes.
O mesmo vai acontecer com a fronteira entre a Arménia e a Turquia, com 311 quilómetros, que se encontram atualmente no processo de normalização das suas relações, o que irá incluir a futura abertura dos pontos de passagem fronteiriços fechados desde 1993.
Em maio do ano passado, Putin e Pashinyan já tinham chegado a acordo que os militares russos iriam garantir a segurança da fronteira da Arménia com a Turquia e com o Irão.
A Rússia e o Irão estão em desacordo em relação à questão do corredor de Zanguezur, uma estrada estabelecida pelo Azerbaijão para ligar diretamente o seu enclave de Nakhchivan, através do território arménio, o que eliminaria o acesso direto do Irão à Arménia.
No início de setembro, o Irão convocou o embaixador russo a Teerão para expressar a sua oposição relativamente às alterações nas fronteiras na sua região.
Os soldados russos já abandonaram as regiões arménias onde estavam estacionados desde o segundo semestre de 2020, devido ao conflito pelo controlo do enclave de Nagorno-Karabakh, agora sob o controlo do Azerbaijão.
Os guardas fronteiriços destacados em 1991 no aeroporto internacional de Zvartnots, na capital arménia, também se retiraram este ano a pedido de Erevan.
A Rússia, que mantém estreitas relações com o Azerbeijão, tem a sua principal base no Cáucaso do Sul em território arménio.
A Arménia suspendeu a sua participação na aliança militar pós-soviética devido à sua alegada inação face às incursões de tropas do Azerbaijão em território arménio.
Nos últimos anos, o primeiro-ministro tem promovido um reforço das relações de cooperação em matéria de segurança com o Ocidente, em especial com França, país com o qual assinou acordos de compra de armas.
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