Após a reeleição, considerada fraudulenta pela oposição e países ocidentais, de Alexander Lukashenko, há mais de 30 anos Presidente, este respondeu a uma onda de protestos em massa em 2020 com repressão brutal que levou à detenção de mais de 65.000 pessoas.
O Comité de Investigação, a principal agência de investigação criminal da Bielorrússia, anunciou hoje o início de novos inquéritos criminais contra 22 ativistas da oposição, acusados de estarem alegadamente envolvidos numa "conspiração para tomar o poder" e contra 23 outros, acusados de criar um "grupo extremista".
Os apartamentos e outros bens dos ativistas, que podem enfrentar até 12 anos de prisão caso sejam julgados, foram confiscados pelas autoridades.
As novas investigações surgem no seguimento da tentativa dos ativistas de coordenar as ações da oposição à margem das eleições presidenciais a decorrer no próximo ano.
O grupo bielorrusso de defesa dos direitos humanos Viasna, cujo fundador é o Prémio Nobel da Paz Ales Bialiatski, calcula que cerca de 1.300 pessoas são atualmente prisioneiros políticos no país.
Centenas de milhares de pessoas fugiram do país devido à repressão violenta de protestos contra as eleições presidenciais de 2020.
Após o seu regresso ao país, pelo menos 66 ativistas da oposição foram julgados e condenados com base em acusações de caráter político, enquanto outros foram encaminhados para hospitais psiquiátricos para tratamento obrigatório, referiu o grupo Viasna.
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