O Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico frisou, em comunicado, que Londres incluiu na sua lista de sanções membros do Exército da República Islâmica do Irão, da Força Aérea iraniana e da organização de Inteligência IRGC, entre outros.
E incluiu também o FPSDB, o gabinete de design da Farzanegan Propulsion Systems, que concebe e fabrica peças que podem ser utilizadas em mísseis de cruzeiro, e a Agência Espacial Iraniana, que desenvolve tecnologias que têm aplicações no desenvolvimento de mísseis balísticos, e que irá ser objeto de congelamento de ativos por parte do Governo britânico.
"Na sequência do ataque com mísseis balísticos contra Israel, responsabilizamos o Irão e expomos aqueles que facilitaram estas ações", destacou o líder do Ministério dos Negócios Estrangeiros, David Lammy, citado na nota de imprensa.
"Juntamente com os aliados e parceiros, continuaremos a tomar as medidas necessárias para desafiar as ameaças inaceitáveis do Irão e pressionar pela desescalada em toda a região", acrescentou o político trabalhista.
Já o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Israel Katz, manifestou-se hoje satisfeito com a medida e, em comunicado, sublinhou que a mesma envia "uma mensagem clara de que a comunidade internacional não tolerará as ações perigosas do Irão, o seu apoio ao terrorismo e a sua desestabilização da região".
O conflito no Médio Oriente prolonga-se há mais de um ano, desde 07 de outubro de 2023, data do ataque do Hamas a Israel, que, a partir de então, desencadeou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza.
No último ano, o grupo xiita libanês Hezbollah partiu em apoio do seu aliado palestiniano e tem trocado tiros de 'rockets' numa base quase diária com Israel, que, na última quinzena de setembro intensificou os seus ataques contra o sul do Líbano e arredores de Beirute.
A guerra aberta entre Israel e Hezbollah conheceu novos desenvolvimentos no início do mês, quando as forças israelitas iniciaram uma invasão terrestre no sul do Líbano.
Além do Hamas e do Hezbollah, Israel tem enfrentado ainda ações hostis de milícias pró-iranianas na Síria e no Iraque e do grupo armado iemenita Huthis, também apoiado por Teerão.
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