A diplomacia iraniana comunicou a "forte objeção" de Teerão às sanções de Bruxelas, num comunicado, alegando que "a utilização de métodos ilegais e coercivos, como as sanções contra a República Islâmica do Irão, não é de forma alguma aceitável e não produzirá efeitos".
Na segunda-feira, os ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, reunidos no Luxemburgo, decidiram sancionar 14 entidades e indivíduos no Irão, incluindo a companhia aérea Iran Air, por terem entregado ou facilitado a entrega de mísseis balísticos a Moscovo.
As sanções incluem o congelamento de bens na UE e a proibição de viagens dentro do território da União Europeia.
Para Teerão, estas sanções aéreas são uma "violação flagrante das normas e regras do direito internacional, em particular dos direitos humanos e das liberdades fundamentais".
O regime iraniano defendeu ainda a "cooperação militar e de defesa" do seu país como "legal e destinada a proteger os interesses e a segurança nacional do Irão", o que "não é uma questão em que terceiros possam interferir".
Na semana passada, os Estados Unidos também anunciaram sanções contra o setor petrolífero iraniano, em resposta ao ataque de 200 mísseis levado a cabo pelo Irão contra Israel, no dia 01 de outubro.
Este ataque foi apresentado como resposta ao assassinato do líder do Hamas palestiniano em Teerão, atribuído a Israel, e do líder do Hezbollah libanês, bem como de um general da Guarda Revolucionária iraniana, o exército ideológico da República Islâmica, num ataque israelita perto de Beirute.
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