"Foram fornecidos mais de mil mísseis", disse Kim Yong-hyun aos jornalistas em Washington, acrescentando que a Coreia do Norte também entregou dez milhões de munições à Rússia.
O governante falava em conferência de imprensa conjunta após conversações na capital norte-americana entre os chefes das diplomacias e da defesa de Seul e Washington.
O secretário da Defesa norte-americano indicou que os Estados Unidos anunciarão em breve uma nova ajuda militar a Kiev, após alertar que milhares de tropas norte-coreanas foram enviadas para a região russa de Kursk, vizinha da Ucrânia.
"Os Estados Unidos anunciarão nos próximos dias mais ajuda à Ucrânia em matéria de segurança", afirmou Lloyd Austin.
Cerca de 8.000 soldados norte-coreanos foram estacionados na região fronteiriça russa de Kursk e estão prontos para combater as forças ucranianas "nos próximos dias", afirmou, pelo seu lado, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken.
"Ainda não vimos estas tropas em combate contra as forças ucranianas, mas calculamos que isso acontecerá nos próximos dias", acrescentou Blinken.
O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, já tinha declarado na segunda-feira que tropas norte-coreanas foram enviadas para a Rússia e que unidades tinham sido já destacadas para a região de Kursk, condenando "uma escalada significativa" e uma "perigosa expansão" da guerra.
Mas este destacamento também prova a "crescente consternação" do líder russo, Vladimir Putin, acrescentou o responsável da Aliança Atlântica, apesar da lenta progressão das suas forças no leste da Ucrânia.
O líder da Coreia do Sul, Yoon Seok-yeol, comentou esta semana que Seul "não ficará de braços cruzados perante o conluio militar entre a Rússia e a Coreia do Norte", que disse ameaçar a segurança do seu país, segundo a agência sul-coreana Yonhap.
O mesmo assunto vai levar o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, na sexta-feira ao Japão e à Coreia do Sul na segunda-feira.
A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022.
Os aliados de Kiev também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.
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